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Por Fernanda Alves*
Certa vez estava com meus amigos mostrando o relógio que havia comprado e que media tudo – inclusive a frequência cardíaca. Tivemos, então, a brilhante ideia de medir a frequência cardíaca de todos que estavam à mesa.
Estávamos em 5 amigos e apenas eu e meu amigo ao lado treinávamos corrida de forma regular. Ao medir a frequência cardíaca da maioria, a média era de 70 a 80 bpm. Ao medir a minha e do meu amigo, estávamos com uma média de 50 a 60 bpm. Todos se assustaram acreditando que tínhamos alguma anomalia ou problema de saúde.
Quantos de vocês já não passaram pela mesma situação e não sabiam ao certo se ficavam orgulhosos pela baixa frequência cardíaca ou se deveriam se preocupar? Pois bem, podem ficar tranquilos e se orgulharem: o que acontece é uma hipertrofia de miocárdio. Mas o que seria isso?
Nosso coração tem duas cavidades parecidas com duas “bolsinhas”, que realizam essa troca do sangue venoso para o sangue oxigenado, e são responsáveis por bombear e irrigar todo nosso sistema circulatório, permitindo que o sangue chegue desde a cabeça até a ponta do seu pé.
O corpo humano é incrível: ele se adapta à temperatura, ao ambiente e a situações diversas. Quando um indivíduo começa a correr com frequência, o organismo entende que precisa de uma maior ação dessas “bolsinhas” (cavidades do miocárdio), então ele promove o aumento das mesmas (a hipertrofia). Desta forma, o coração consegue irrigar e oxigenar todo seu corpo em poucas batidas, ganhando força.
Então, se antes o coração fornecia aproximadamente 4 litros de sangue com 70 bpm, após a hipertrofia ele consegue o mesmo volume com 50 bpm. É uma adaptação muito positiva quando pensamos em qualidade de vida a longo prazo, portanto realize exercícios físicos com frequência!
*Capitã da adidas Runners Brasil, head esportiva do Ibirapuera, fisiologista e personal trainer.
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