Por: Marina Machado*

Olá amigos corredores, no mundo da corrida muito se fala sobre diminuir a incidência de lesões e melhora de performance, para isso devemos olhar para os estudos científicos que levam em conta a biomecânica da corrida. Existe um debate em curso, mas o que se sabe é que não existe uma forma correta de correr, existem diferentes técnicas de corrida e cada uma gerará um perfil de sobrecarga – saber identificar o seu perfil biomecânico de corrida te ajuda a saber o que você, na sua individualidade, deve ajustar e porque.

Vou falar aqui de forma que todos possam ter uma ideia sobre esse tema, mas lembre-se é importante você ouvir o seu corpo e correr de uma forma que seja confortável para você, não force ou tente fazer o corpo “se corrigir” na marra. Busque ajuda de um profissional da saúde especializado em corrida.

Alguns especialistas afirmam que essa técnica poderia colocar mais estresse nas articulações e nos músculos, o que pode levar a problemas como tendinite, fraturas por estresse e dores nos joelhos. Outros argumentam que correr com a parte da frente do pé pode ser benéfico pois pode diminui o impacto e melhorar a eficiência.

Segundo Raquel Castanharo, fisioterapeuta especialista em biomecânica da corrida, na maioria dos casos correr com o antepé diminui as chances de certos tipos de lesões. A fisioterapeuta explica que aterrissar com antepé, ao invés do calcanhar, pode reduzir um impacto nas articulações do joelho e do quadril, além de promover uma passada mais natural e eficiente, distribuindo melhor a carga muscular ao longo da perna e fortalecendo músculos da panturrilha e tendão de Aquiles.

É importante lembrarmos que cada pessoa é única, essa transição para correr com o antepé deve ser feita gradualmente, para evitar desconfortos e lesões relacionadas à mudança brusca de técnica!

Um grande abraço!

*Personal trainer, especializada em core e higiene da coluna.