Por Marina Machado*

Primeiramente, gostaria de dizer que não existe uma postura “correta” para você correr: o nosso corpo foi feito para se movimentar e cada um tem seu “jeitão” próprio ao fazer isso. Cada corpo tem suas individualidades e não queremos encaixar todos corredores em uma caixinha.

Os corredores geralmente ouvem ou acham intuitivamente que precisam aumentar ou esticar a passada – ou seja, jogar muito o pé para frente, distanciando do tronco. Ok, pode até parecer fazer sentido né? Mas vamos pensar melhor…

Quando jogamos nossa perna lá para frente, automaticamente “freamos” o corpo e perdemos mais energia – o que não faz sentido se queremos melhorar. Logo, a maneira mais eficiente de aterrissar é com o pé mais perto do tronco e, assim, “abrir” um “voo” grande (aquela fase que estamos no ar). A passada precisa, então, “crescer” para trás. Portanto, se você quer melhorar sua passada, não pense em esticá-la para frente, mas sim em dar uma passada grande para trás.

Quanto à aterrissagem do pé, o ideal é aterrissar perto do tronco: uns 10 cm, mais ou menos, do centro de gravidade. Um indicador de que você está dentro disso é perceber se o joelho da frente está estendido, mas para ter certeza só mesmo fazendo uma avaliação biomecânica da sua corrida em uma clínica especializada.

Porém, tenho uma boa notícia: uma maneira de melhorar sua mecânica ou passada é durante a própria corrida em si. Vamos a algumas estratégias para que os corredores que aterrissam muito longe do tronco melhorem o desempenho. Lembrando que, quanto maior sua passada (para trás), melhor!

• Aumentar a cadência (mais passos por minuto, menor tempo do pé no solo);
• Tentar intencionalmente trazer o pé mais para perto (para os que têm mais consciência corporal);
• Tentar levantar um pouquinho o joelho;
• Exercícios de “patinar”.

Bora, corredores!

*Marina é personal trainer especializada em core e higiene da coluna.