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Um dos principais segredos para ter um bom desempenho no treino de corrida, atingindo suas metas de velocidade e distância percorrida, é escolher o tênis mais adequado para você. Mas com tantas opções expostas nas vitrines, físicas e virtuais, essa parece ser uma missão difícil, não é mesmo? Porém, mesmo que desafiador, saber escolher o melhor tênis de corrida é essencial.
O tênis adequado é aquele que vai ser confortável para toda a prática da atividade e que, em um determinado momento, não te prejudique”, afirma Raquel Silvério, fisioterapeuta e diretora clínica do Instituto Trata.
Afinal, correr por muito tempo com um tênis inadequado ou bastante desgastado pode contribuir para o desenvolvimento de lesões e inflamações como fascite plantar, joelho de corredor e canelite, comuns entre praticantes de corrida.
Além disso, uma revisão sistemática, publicada no European Journal of Sport Science, em 2021, mostrou que existe uma correlação entre conforto e melhora da performance na corrida. Dito isso, é hora de conferir as seis dicas que preparamos para você escolher o tênis de corrida perfeito. Acompanhe:
Com a correria do dia a dia, fazer compras pela internet se tornou uma alternativa rápida, fácil e preferida entre muitos consumidores. Porém, na hora de comprar um novo tênis de corrida, é mais interessante visitar as lojas físicas. Dessa forma, você poderá experimentar cada opção de tênis e ver qual te deixa mais confortável durante os movimentos.
É claro que, na compra online, sempre existe a opção de experimentar o tênis em casa e solicitar uma troca, caso não fique tão bom quanto você imaginava. Mas, convenhamos: é muito melhor e mais prático comprar diretamente na loja física, experimentar na hora, andar e dar pequenas corridinhas pela loja e, de quebra, ouvir a opinião de um vendedor que entende muito bem sobre o produto.
Parece besteira, mas conhecer a anatomia do tênis é interessante para entender como as características do modelo se adequam às suas necessidades. Hoje em dia, existem diversos estilos para acomodar os diferentes tipos de pés e pisadas – afinal, nenhum pé é igual ao outro, cada um tem seus formatos e características únicas.
Por exemplo, existem modelos com forro (aquela parte que sustenta a parte de trás do calcanhar) mais grosso e acolchoado e outros que são mais finos e se modelam bem ao formato do calcanhar.
Alguns tênis possuem a lingueta e a amarração, que encobrem o peito do pé, mais justas que outros. É importante se atentar a isso para saber qual opção modela seu pé de forma mais confortável e com segurança, evitando derrapagens, mas permitindo a curvatura natural do pé durante a passada.
Além disso, também é fundamental se atentar a biqueira, a “ponta” do tênis, onde ficam os dedos do pé. Biqueiras muito estreitas podem fazer com que os dedos fiquem apertados ou sobrepostos, além de correr o risco de causar bolhas devido ao atrito da pele com o tecido do tênis. Idealmente, você deve conseguir mexer os dedos de uma forma confortável dentro do sapato.
Ainda falando sobre a anatomia do tênis, a base do sapato, formado pela sola e entressola, também é um fator importante a ser analisado na hora da compra. São essas estruturas, com suas diversas particularidades, que vão determinar como seu pé rola e flexiona durante a passada.
Se essa base for muito larga, quando o corredor toca o solo com a parte do calcanhar, ela vai transformar isso em energia e, com isso, a pronação se torna um pouco mais intensa, mais prolongada do que deveria”, explica Raquel.
Mas o que isso quer dizer na prática? Isso quer dizer que o corredor corre o risco de sofrer com uma pronação, movimento natural do pé quando ele entra em contato com o chão, excessiva. Visualmente, nessa situação, o pé “cai para dentro” durante a passada. A pronação excessiva é fator de risco para diversas lesões ortopédicas relacionadas à corrida.
Um tênis para corrida não precisa de tanto amortecedor, justamente para que as estruturas do pé trabalhem de maneira como deve ser, como tem que ser para que você tenha o impulso e propulsão”, completa a fisioterapeuta.
Já que estamos falando de conforto, é interessante levar uma meia, do estilo que você usa em seus treinos, para a loja. Assim, você pode experimentar o tênis já com o acessório, da forma como será utilizado no dia a dia, e ter uma ideia de como será sua rotina com aquele produto. Seguindo o mesmo raciocínio, se você faz uso de uma órtese para o tratamento de alguma lesão no pé, é válido levá-la para o momento da compra. Certifique-se de que o dispositivo se encaixa bem no tênis, mantendo seu conforto durante o uso.
Esse talvez seja o maior erro ao comprar um tênis. Como já vimos anteriormente, cada pé possui características próprias e, por isso, aquele tênis tecnológico que está super em alta e é o mais usado por influenciadores e atletas, nem sempre será a melhor opção para você.
Quando você faz a compra de um tênis, ele tem que ser confortável e adequado. Não podemos fazer uma escolha por modismo. É preciso utilizar uma linha, de uma determinada marca, que esteja de acordo com as necessidades e que não traga lesões futuras”, reforça Raquel.
Assim como cada pé é um pé, com suas particularidades, o tênis de uma marca pode ser bastante diferente do outro, mesmo sendo da mesma numeração. Por isso, desapegue-se um pouco de quanto você calça e experimente tênis de diferentes tamanhos – um número maior ou menor do que o habitual, dependendo do modelo.
Dessa forma, você garante que todo seu pé e os dedos fiquem confortáveis e possam se mexer, de forma segura, dentro do tênis, independentemente do modelo e da marca. Além disso, vale lembrar que, durante a prática de atividade física, o pé pode inchar. Leve isso em conta na hora da sua decisão.
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