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Incrível: entra ano, sai ano e o Iron continua ser a Meca dos aficionados pelo Mountain Bike. O professor tentará explicar o porquê, qualquer competidor que se preze tem por meta ir ao Iron Biker, pelo menos uma vez na vida, a exemplo dele, que parte neste ano para sua segunda epopéia…
É isso aí! Só de me imaginar largando, de novo, com mil e tantos ciclistas, sinto arrepios até na alma. Tudo bem que várias outras competições levam centenas e centenas de bikers ávidos de competição e glória, mas o Mar de Gente que irá concentra-se na Praça Tiradentes alucinará mesmo os que estarão assistindo à competição.
Biker que é Biker, mesmo que em desejos, participa ou já participou nem que por uma única vez. É comum em muitas provas ver um camarada ostentando como uma medalha de guerra o inconfundível boné das edições anteriores. Tem até atleta que pediu o boné como presente de casamento, tamanho é o frisson que esse simples acessório causa.
Muitos competidores, mesmo sem qualquer chance de uma boa pontuação, vão só para azucrinar a vida de outro companheiro, só para dizer que o camarada não conseguiu ultrapassá-lo. Pode? Pode!
E as cidades então? Pedalar por caminhos impregnados de história; história deste nosso querido Brasil, Ouro Preto e Mariana, cenários de marcadas tradições do povo mineiro, reconhecidamente hospitaleiro. Nunca ouvi uma reclamação de qualquer ciclista, mesmo que em ciclo viagem. Os mineiros são mesmo um dos melhores anfitriões, gente simples e boa de verdade.
Da Organização, pessoas que pouco conheço, a meu ver, oferecem uma competição de primeira, que nada fica a dever a aquelas do 1º mundo. Há de esclarecer que como outras em nosso país, apresenta um regulamento claro, orientações precisas, apuração de resultados e premiação na hora determinada, que fazem do Iron uma prova primorosa.
Em minha visão, bem pessoal, tomo a liberdade de fazer uma única ressalva: no item 5 do Regulamento reza que:
“É obrigação de cada atleta: levar consigo toda a comida e bebida que for consumir durante a competição. A título de apoio suplementar, a Organização poderá fornecer 01 (uma) garrafa de 500 ml, ou 01 (um) copo de água potável para cada biker inscrito, em postos de controle ao longo do percurso (média de 5 postos por dia)-.
Ora, muitas vezes, somos surpreendidos com um aumento drástico de temperatura e a sede aperta, ou mesmo atendemos a aquele competidor desavisado, até casos em que alguém começa a passar mal e temos que dividir esse precioso líquido com um companheiro de Fé.
Peço desculpas, sei que não sou nada frente a tantos atletas de porte, mas retirar o termo -PODERÁ- por -oferecerá um copo ou mais de água-, soa melhor para uma competição tão brilhante como essa. Quanto ao valor da inscrição, paga quem quer. Dá até para fazer propaganda para Cartão de Crédito. No entanto, participar, sentir o calor humano daquele Mar de Gente, rezar com todos antes da largada, ouvir o tema da prova, isso não tem preço!
As lembranças de 2004 ainda estão presentes, ainda mais porque, com este meu jeito meio doidão, consegui a proeza de aparecer por três vezes no DVD. Reconheço que foram alguns segundos aparição, mas suficientes para sentir-me parte da história dessa prova, imperdível para um verdadeiro amante do MTB.
Ás vezes, fico pensando que me deu na cabeça, por não estar presente na edição do ano passado. Porém neste, fiz promessa ao Senhor do Bonfim, comprei uma bike irada de carbono, fiz empréstimo, pedi apoio e disse a mim mesmo que iria encarar a prova com a -faca nos dentes-.
Em fim, meus caros amigos mineiros, aguardem-me que vou de avião, passagem à prestação, bike dez, roupa nova, e o tesão (desculpem o termo forte) de participar outra vez, de sentir o carinho de tantos amigos que fiz, ao abraçar, digo, pedalar este esporte tão acolhedor.
Sobrevivi, ao primeiro desafio em 2004. Vamos ver o segundo. Aguardem-me Veteranos!
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