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A cidade de São Paulo ganhará mais 400 km de ciclovias até o fim de 2016. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, na última quarta-feira (4), durante a 7ª reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT). Atualmente, a cidade conta com 63 km de vias segregadas exclusivamente para o deslocamento de ciclistas.
No início da atual gestão, a Prefeitura previu a criação de uma rede de 400 km de vias cicláveis (ciclofaixas, ciclorrotas e ciclovias) em quatro anos. Tatto anunciou que essas vias serão caracterizadas pela segregação física da pista destinada ao uso de bicicletas, com sinalização vertical e horizontal específicas, contando com placas e pintura de solo.
“Hoje, temos 21 km de ciclovias em construção nas avenidas Cruzeiro do Sul, Eliseu de Almeida, no bairro Jardim Helena (Zona Leste) e em Parelheiros (Zona Sul), queremos, e vamos, fazer muito mais”, afirmou o secretário.
Tatto acrescentou que a extensão pretendida de 400 km se somará aos 150 km de ciclovias previstas para serem implantadas junto aos futuros corredores de ônibus.
Os novos percursos deverão ser espalhados pela cidade conectados com outros modais de transporte, como terminais de ônibus, equipamentos públicos, escolas, praças, parques e locais de trabalho. Nos projetos concebidos pela área de planejamento cicloviário da CET, o custo por quilômetro está estimado em R$ 200 mil. No total, o investimento será da ordem de R$ 80 milhões.
“Estamos vendo a melhor maneira de viabilizar essa verba, talvez uma parte do dinheiro possa vir do FEMA – Fundo Estadual do Meio Ambiente”, sinalizou Tatto.
Diretrizes para ciclovias “padrão CET”
Para planejar a futura rede de 400 km de ciclovias, as diretrizes a nortear os técnicos da CET foram revistas e, em suma, determinam que as futuras ciclovias devam ter o seguinte padrão:
• Ligações perimetrais e radiais: constituição de rede estrutural cicloviária
• Conectividade dos trajetos
• Linearidade: menor distância possível na viagem
• Funcionalidade: importância das ligações que proporciona (escolas, praças, etc.)
• Integração modal com transporte de média e alta capacidade
• Uso da estrutura como meio de transporte
• Preferência por ruas secundárias
• Não se eliminar a faixa de rolamento
• Implantar preferencialmente no lado esquerdo
• Ser preferencialmente bidirecional
Como a ciclovia será sinalizada na via pública (ou seja, não em calçadas), será necessário remover vagas de estacionamento (inclusive as de Zona Azul) nas vias contempladas por este plano. A readequação na política de estacionamento se faz indispensável para otimizar a capacidade viária. Nesse processo, há a estimativa de supressão de 30 a 40 mil vagas de estacionamento em toda a cidade para dar lugar às novas ciclovias.
A princípio, a implantação das ciclovias será no lado esquerdo por questão de segurança. A prioridade continua sendo o pedestre, seguido pelo transporte coletivo e, agora, o estímulo será mais intensivo ao uso da bicicleta como meio de transporte.
Projeto-piloto
As primeiras vias a receberem um trecho de ciclovia no novo padrão CET estão localizadas na região central de São Paulo: o Largo do Paissandu, a Rua Antônio de Godoi, a Av. Cásper Líbero e a Rua Mauá vão compor o trajeto de 1,6 km de ciclovia, ligando o Paissandu à Sala São Paulo. Esses 1,6 km serão sinalizados nesta semana e deverão ser abertos no próximo sábado, dia 7.
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