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Uma reportagem, no último domingo, da emissora francesa de televisão France2 sugere ser possível enganar o passaporte biológico – que é tido como a mais moderna arma da UCI na luta contra os casos de doping – por meio de doses microscópicas de hormônio de crescimento, transfusões de sangue e uso cortiço-esteroides. Como parte de um estudo conduzido por Pierre Sallet, da organização Atletas pela Transparência, com aval da WADA (Agência Antidoping Mundial), oito atletas consentiram o doping para, depois, serem supervisionados por um período de 29 dias. O processo, registrado pela France2, foi exibido no programa Stade2.
Para dar início ao experimento, oito ciclistas e triatletas amadores foram submetidos a um teste de VO2 máximo (volume máximo de oxigênio que o corpo extrai dos pulmões), antes do início da dopagem. Eles também fizeram um contrarrelógio de 14 km, em uma bicicleta ergométrica, e a uma corrida de 3 km.
UCI INSTITUI PUNIÇÕES A DOPING TECNOLÓGICO
Depois de um mês recebendo doses microscópicas de hormônio do crescimento, os testes foram repetidos e os atletas mostraram melhoras de desempenho significativas. As alterações depois do doping foram as seguintes: 6,1% de aumento no nível de VO2, 2.1% de melhora no tempo no contrarrelógio de 14 km e 2,8 % de evolução no tempo de corrida de 3 mil metros.
“É outro planeta, não é humano”, disse um dos participantes, o corredor amador Guillaumse Antonietti. “É assustador saber que tomamos apenas cinco doses”.
Análises dos perfis sanguíneos dos oito atletas que participaram do estudo com doping demonstraram que eles não teriam sido flagrados nos testes antidoping – pelo menos, naqueles que levam em conta os parâmetros do passaporte biológico. De acordo com a reportagem, o experimento demonstra que “um passaporte biológico limpo não pertence necessariamente a um atleta limpo”.
A história teve forte repercussão no Twitter. “Uma matéria desencorajadora. O passaporte biológico não serve para nada”, disse, em tom exaltado, francês Pierre Rolland, ciclista da equipe Europcar .
“Impressionante a reportagem da #Stade2”, comentou o também francês Arnaud Démare. “Não esqueçamos que a luta contra o doping tem que ser mundial. O passaporte biológico não é suficiente”.
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