Ciclismo

Slackline: exercícios para a lombar dos ciclistas

Dores na lombar são comuns na vida de um ciclista. Afinal, o esporte exige que o atleta faça movimentos repetitivos e fique com a coluna inclinada para frente e coxas muito próximas ao tronco, provocando a sobrecarga de alguns músculos e o enfraquecimento de outros. Mas, algumas atividades complementares ao pedal podem prevenir ou amenizar esses sintomas, como duas sessões, de 30 a 45 minutos, por semana, de remo e slackline.

No ciclismo, os músculos das coxas, pernas e de trás da coluna são muito exigidos, podendo ser sobrecarregados. Em contrapartida, os músculos laterais e de rotação de tronco não são muito utilizados, ficando fracos e também susceptível a lesões. Portanto, são necessários exercícios para amenizar esse desequilíbrio muscular. Em um primeiro momento, é importante analisar o condicionamento físico do ciclista e preparar um treino específico para suas condições, pois algumas pessoas podem ser mais propensas a sentir esse desconforto na lombar.

Depois, é mesclar o pedal com atividades para a musculatura superior, como o remo e o caiaque, e o equilíbrio do corpo, como o slackline. Ambas atividades complementares ajudam a estabilizar a coluna e longar a cadeia de agrupamentos musculares posteriores, como costas e abdômen. Quando o treinamento é mais variado, são menores os riscos de lesões, porque, na maioria das vezes, elas são ocasionadas por esforço repetitivo. O ideal é sempre buscar o equilíbrio.

Slackline

Para quem não conhece, o slackline é um esporte de equilíbrio e concentração, praticado em uma fita de nylon, estreita e flexível, fixa a duas árvores, a uma altura de 30 cm do chão. Ele foi criado em meados dos anos de 1970, por escaladores norte-americanos, que impossibilitados de continuar subindo as montanhas, devido ao clima ruim, andavam por cima de suas fitas para passar o tempo.

No Brasil, a modalidade chegou no início dos anos 1990, e atualmente muitos atletas o praticam seja para melhorar a postura, o equilíbrio e a concentração. Alguns lugares, como o Parque Ibirapuera, em São Paulo, reservam um espaço específico para a prática do esporte.

(Fonte: Marcel Sera, fisioterapeuta especialista em fisiologia, biomecânica e ortopedia esportiva, em São Paulo; Paulo Zogaib, fisiologista do Departamento de Medicina Esportiva do Clube Pinheiros e do Departamento de Futebol da Sociedade Esportiva Palmeiras; e Joaquim Ferrari, treinador de ciclismo e triathlon, há 25 anos em assessoria esportiva)

Redação

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