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O Campeonato Mundial de Ciclismo de Estrada deixou afundada em uma dívida gigante a provinciana cidade de Ponferrada, na Espanha. De acordo com o diário espanhol ÁS, o rombo pode girar em torno de 9 milhões de euros, uma quantidade imensa principalmente considerando o tamanho da cidade (68 mil habitantes).
Antes do 2014, a cidade situada em um canto remoto do noroeste da Espanha, peno, gastando o que tinha e não tinha para fazer o Mundial acontecer. O custo total estimado para o evento de oito dias foi de 11 milhões de euros, quase metade do que – € 5.000.000 – estava previstos para ser pagos à UCI (União Ciclística Internacional).
Após o evento e os muitos gastos, o esperado lucro não veio. As estimativas mais conservadoras agora colocam as perdas em € 2.700.000, com um cenário de pior caso de até 9 milhões de euros.
Para evitar que o evento fosse um fasco e que a cidade tivesse que abdicar da realização, o governo da província local, de Castela e Leon, se colocou como credor, garantindo que o pagamento seria feito à UCI.
Como forma de ver o dinheiro de volta, o governo cobrou altas taxas junto aos patrocinadores do evento, o que, no final, se provou um tiro pela culatra, já que apenas sete empresas resolveram bancar o Mundial. Os impostos sobre os patrocinadores garantiram 1,4 milhão de euros de retorno.
O número de fãs também decepcionou, causando também uma receita turística abaixo do esperado para as autoridades locais.
Como se não bastasse os poucos torcedores, o preço do ingresso foi pequeno, aumentando o prejuízo. A venda de ingressos em todo evento gerou receita de apenas 31.919 euros.
A feira de miniaturas localizada ao lado da linha de chegada teve o rendimento de 1.836 euros
Caso as previsões mais pessimista se confirmem, o prejuízo (9 milhões de euros) será equivalente a 20% do orçamento da cidade.
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