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A UCI (União Ciclística Internacional) voltará a permitir o uso de freios a disco nas provas de ciclismo de estrada do World Tour a partir de janeiro de 2017. O uso do equipamento, que havia sido liberado pela UCI para testes no início deste ano, acabou sendo proibido por tempo indeterminado pela entidade em abril após acidente envolvendo o espanhol Francisco Ventoso (Movistar) durante a clássica Paris-Roubaix, quando o ciclista sofreu um corte na perna supostamente causado pelo freio a disco da bicicleta de outro competidor.
A decisão foi tomada em reunião realizada pelo Comitê Diretivo da UCI durante o Campeonato Mundial de Estrada, encerrado no último final de semana em Doha, no Catar. Por meio de um comunicado, o órgão informou que a resolução foi baseada em meses de conversação com representantes das equipes, dos ciclistas e dos fabricantes, na qual concordaram em voltar com os testes após analisarem as propostas da indústria para tornar o equipamento mais seguro, dentre elas o arredondamento da borda dos discos para evitar que eles sejam cortantes.
A notícia reascende a polêmica sobre a segurança do pelotão em razão do risco que os ciclistas correm de sofrer algum ferimento causado pelos discos em caso de queda, como teria ocorrido com Francisco Ventoso. Após o acidente na Paris-Roubaix, além do espanhol, vários outros ciclistas do pelotão se posicionaram contra o uso de freios a disco. Mesmo antes dele, a Associação dos Ciclistas Profissionais já vinha solicitando a suspensão dos testes junto à UCI, que depois do acidente acabou acatando ao pedido, mesmo com a pressão por parte dos fabricantes para que o equipamento fosse colocado à prova no World Tour. Os primeiros testes foram feitos em agosto e setembro de 2015, e depois autorizados pela UCI para a temporada 2016, mas acabaram suspensos em abril.
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