A situação do velódromo olímpico para o Rio 2016 segue preocupando atletas e entidades ligadas ao esporte. Com o atraso das obras, o evento-teste do ciclismo de pista, marcado inicialmente para acontecer entre os dias 18 e 20 de março, precisou ser remanejado para nova data, entre os dias 29 de abril e 1º de maio, prazo limite estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para que as estruturas olímpicas sejam testadas antes do período em que deverão entrar na fase de ajustes finais. Na página do Aquece Rio, onde estão relacionados os 42 eventos-teste a serem realizados, no entanto, o ciclismo de pista não consta no calendário de abril, e também não há nenhuma nova data ou explicação fornecida pela organização.
O entrave incomodou até mesmo Brian Cookson, presidente da União Ciclística Internacional (UCI), que em entrevista ao site britânico Inside The Game expôs sua preocupação quanto à possibilidade de o evento-teste não ocorrer a tempo ou mesmo não ser feito de uma maneira “decente”. “Eu preciso dizer que isso está nos preocupando. Não há dúvidas de que teremos um velódromo construído e pronto para os Jogos, mas o tempo está correndo para fazermos um evento-teste decente agora”, declarou Cookson, para quem o ciclismo de pista, por ser altamente técnico, precisa de um teste minucioso. Isso porque o velódromo demanda condições específicas de refrigeração para garantir a excelência da pista, que é feita de madeira. “O velódromo deve ser protegido contra chuva e vento, e equipado com ar-condicionado antes de a pista ser colocada. Isso é para garantir a atmosfera correta, com temperatura e umidade perfeitas para garantir que a pista não tenha problemas. Estas são considerações importantes, pois a madeira é um material natural, então precisa ser tratada perfeitamente para garantir que tenhamos os resultados perfeitos. Eu estou confiante de que os construtores sabem o que estão fazendo, mas o tempo é curto”.
Vale lembrar que mesmo a UCI sendo o órgão máximo do ciclismo mundial, ela não pode decidir sobre o cancelamento ou não de eventos-teste da modalidade nas Olimpíadas. O COI é a única entidade que tem esse poder caso a instalação olímpica não fique pronta a tempo.
Procurado pela reportagem do Prólogo, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), por meio de sua assessoria, diz que tem plena confiança de que o velódromo será testado antes do início dos Jogos Olímpicos, mas não se manifestou sobre o evento-teste não constar mais na relação do site Aquece Rio. O COB também informou que a instalação está com 80% de sua obra concluída.
Empreiteira joga a toalha
E a situação do velódromo só aumenta de dúvidas e preocupações. No dia 1º de março, a empreiteira responsável pela estrutura olímpica, a Tecnosolo, anunciou que não vai prosseguir nas operações e se disse incapaz de continuar a obra. Para finalizar a obra, a empresa contratará uma outra construtora, para que ela finalize os 20% restantes. Para que o velódromo esteja pronto para o Rio 2016, foi realizado um termo aditivo de R$ 24,9 milhões, aprovado em dezembro, que fez com que a instalação, antes orçada em R$ 118 milhões, passasse a custar R$ 143 milhões. O juiz da recuperação judicial da Tecnosolo determinou que R$ 15 milhões do orçamento da obra ficassem reservados para o pagamento de fornecedores e credores da construção.
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