Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
>> Parte 2 da nossa aventura pelos cânions do Itaimbezinho <<
Embora a charmosa Cambará do Sul (RS) tenha seu nome frequentemente associado aos Cânions do Itaimbezinho e Fortaleza (como já mostramos aqui, na primeira parte desta reportagem), sua região tem muito mais a oferecer.
Para além das gargantas imensas, existe todo um conjunto de colinas forradas por matas de araucárias, cada vez mais raras na Região Sul. Além disso, oferece cachoeiras com ótimos poços para banho (a dos Venâncios é a mais famosa delas). Pedalamos por toda a região em um passeio da agência Caminhos do Sertão.
A 204 km de Porto Alegre, Cambará do Sul serve de base para explorar a região. Dali saem tours que rasgam um sem-fim de estradinhas de terra com trechos com pedras soltas. Em vários momentos é bem melhor estar de bike do que de carro, pelo tanto que chacoalha.
Claro, todas as áreas fazem divisa com as duas maiores zonas de proteção da divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina: os deslumbrantes Parque Nacional de Aparados da Serra e seu vizinho Parque Nacional da Serra Geral.
O plano para aquela tarde era pedalarmos 40 km em 5 horas, mas acabamos rodando um pouco menos porque o roteiro mudou. Essa é a diferença entre ir sozinho e ir com quem conhece.
O guia local Jorge Bortolaci indicou que as chuvas dos dias anteriores não nos permitiriam cruzar com segurança o Rio Garrafa, na altura da Cachoeira dos Venâncios.
Terminaríamos atravessando o Rio Camisas, na altura do Lajeado das Margaridas.
Com essa mudança, invertemos o ponto de partida, que passou da Cachoeira dos Venâncios para a porta do Cambará Eco Hotel, onde estávamos hospedados. Rumamos noroeste para um giro por fazendas de gado, estradinhas de terra repletas de pedras soltas e alguns aclives consideráveis.
Como a cereja do bolo depois de quase 23 km pedalados, a Cachoeira dos Venâncios surpreende. Não por sua altura, mas por sua largura e suas várias quedas. É muita cachoeira para os olhos.
Foi emocionante atravessar o Rio Camisas empurrando a bike ao longo de uns 50 metros de margem a margem no trecho do Lajeado das Margaridas. A dica é tirar o tênis porque o fundo é poroso e há uns poucos metros com pedras mais pontudas. Cruzar alguns rebanhos de gado pode ser intimidador, passe com cuidado.
Esse é um roteiro que demanda conhecimento regional. Vá sempre com guia.
Até seria possível percorrer este trecho sozinho, mas novamente cabe aqui a importância da experiência local. Há alguns trechos em meio a pequenas trilhas em propriedades privadas, todas com autorização prévia. Dá para passar horas pedalando sem encontrar ninguém e ficar perdido por lá não é uma boa pedida. Cheque a previsão do tempo e o nível dos rios antes.
Muitos tours saem de Cambará do Sul, geralmente em jipe. Agências como a Caminhos do Sertão se dedicam mais ao cicloturismo em áreas que extrapolam a área de 30 mil hectares dos parques. Já a Cambike se dedica a roteiros de bike mais puxados para quem mais busca aventura e perrengues.
Compartilhar link