Polônia quer brilhar no Giro com equipe

Atualizado em 02 de maio de 2016

Em 2014, a Polônia destacou-se com seus ciclistas do Pro Tour. Rafal Majka foi ‘o cara’ da Tinkoff-Saxo no Tour de France, após o abandono de Alberto Contador, vencendo duas etapas. O veterano Przemysław Niemiec, da Lampre-Merida, comemorou uma incrível vitória em Lagos de Covadonga, naquela que foi uma das etapas mais difíceis da última Vuelta a España. E o que dizer de Michal Kwiatskowski (Etixx-Quick Step), o novo campeão mundial de estrada?

E para 2015, o país, que no Brasil é mais lembrado por ser a pátria do antigo Papa João Paulo II, espera destacar-se com suas equipes. O primeiro passo para isso será dado pela CCC Sprandi Polkowice, uma das convidadas do Giro d’Italia ao lado das italianas Bardiani, Southeast, Androni Giocattoli e Nippo Vini-Fantini. Um convite que, de acordo com a RCS Sport, organizadora da prova, faz parte de um “processo de difusão do esporte na Itália e em pontos estratégicos”.

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iconezinho  AS EQUIPES CONVIDADAS DO GIRO D’ITALIA

Com isso a Polônia acaba tomando o ‘lugar’ da Colômbia, representada nas últimas duas edições do Giro pela Team Colombia. Vale lembrar que apesar de ser registrada como colombiana, a equipe possui sua sede na Itália.

Esta será a segunda participação da equipe laranja na grande volta italiana. Algo celebrado como ponto alto da história da CCC. “O convite para uma grande volta é de longe o ponto alto da história da equipe desde que eu me tornei diretor esportivo. Foi um longo processo e eu estou muito orgulhoso que a RCS Sport confiou em nós. O que torna especial neste convite do Giro é o fato de nós sermos a única equipe não italiana que recebeu o wildcard”, declarou Piotr Wadecki em nota. A primeira e única participação da equipe aconteceu em 2003, ano em que Dariusz Baranowski terminou na 12ª colocação.

A principal contratação da equipe para a temporada foi a do veterano de 36 anos Sylwester Szmyd (ex-Movistar), que possui no currículo nada menos do que 11 participações no Giro. Outros destaques são os contrarrelogista bielorrusso Branislau Samoilau, o esloveno Grega Bole e o polonês Maciej Paterski.

Mas talvez os dois mais famosos ciclistas da CCC sejam também os mais polêmicos. Ainda em atividade aos 43 anos, o italiano Davide Rebellin possui no currículo uma vitória em etapa no Giro d’Italia de 1996 e o privilégio de ter vestido a camisa rosa por seis dias. Já o alemão Stefan Schumacher, de 33 anos, venceu duas etapas em 2006 e vestiu a maglia rosa por dois dias. Porém, os dois já foram suspensos pegos e suspensos do ciclismo por doping. Fato que deve afastá-los do Giro d’Italia de 2015, no que depender da vontade da organização da grande volta italiana.

Isso porque Mauro Vegni, diretor esportivo da RCS Sport, declarou, em entrevista ao site “Cycling Weekly”, que gostaria que a edição deste ano não contasse com ciclistas que tiveram casos de doping. Mas apesar do ‘recado’ ressaltou que a decisão final sobre os escolhidos é das equipes participantes.