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Por Tadeu Matsunaga
Na última segunda-feira (17 de setembro) foi lançada uma pesquisa de opinião sobre Mobilidade Urbana na cidade de São Paulo. A iniciativa partiu da Rede Nossa São Paulo e Instituto Ibope e trouxe referências interessantes sobre a posição dos moradores da capital paulista.
De acordo com a pesquisa, de cada dez moradores oito consideram a qualidade do trânsito paulistano ruim ou péssimo. Questionados sobre qual medida adotar, 65% dos entrevistados disseram que deixariam o carro em casa se outras opções, como transporte público e bicicleta, fossem viáveis. Quando o resultado incluiu apenas pessoas com nível superior o número sobe para 81%.
Em relação ao uso da bicicleta, um em cada quatro entrevistados afirmou usar a bicicleta “de vez em quando”, porém quando a faixa etária fica entre 16 e 24 quase metade das pessoas dizem fazer uso da bicicleta em alguns casos. Quando a opinião é direcionada aos jovens que utilizam a bike “todos os dias” ou “quase todos os dias”, esse número é de 7%.
Mas o que inibe o uso da bicicleta na capital paulista? A insegurança e a limitação no que diz respeito as condições de deslocamento. A sensação de desrespeito e o medo de algo ruim vir a acontecer é demonstrada por 75% dos entrevistados.
Dos que afirmaram nunca fazer uso da bicicleta, mais da metade, 63% disseram que não teriam dificuldades em aderir a “magrela” se houvessem melhores condições para isso. Entre esses, 34% disseram que o principal limitador é a falta de segurança, enquanto 27% traduziram essa insegurança na necessidade de ser criar ciclovias.
É interessante reforçar, principalmente próximo ao período de eleições, que 20% das pessoas consideram a construção de ciclovias uma das três principais medidas que a Prefeitura deveria adotar para melhorar a circulação na cidade, e 88% acreditam que exista necessidade de mais construções e ampliações daquelas já existentes.
Ou seja, um trânsito mais seguro e “racional’ para os ciclistas, aliado ao investimento na infraestrutura cicloviária, auxiliaria e incentivaria muito o uso da bicicleta.
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