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Se você perguntar a um ciclista se ele é a favor dos sistemas de compartilhamento de bicicletas, ele provavelmente dirá que sim. Ecológico, econômico e prático, o sistema de bikes compartilhadas já está presente em muitas cidades brasileiras, e há anos é lugar-comum em capitais como Paris e Londres. No entanto, a ideia também traz prejuízos. Na China, por exemplo, a grande oferta de bicicletas e a baixa procura está gerando um imenso cemitério de bikes, abandonadas pelas ruas da cidade e recolhidas por funcionários das empresas que as disponibilizam.
Um fotógrafo na cidade de Xiamen, no sudeste do país, fez imagens assustadoras da montanha de bicicletas descartadas acumuladas em um depósito (acima), para o jornal britânico The Guardian.
O cemitério de bikes continha modelos das três maiores empresas de compartilhamento de bikes daquele país: Mobike, Ofo e Bluegogo, que recentemente foi à falência.
Em uma carta pública sobre o fechamento da empresa, o presidente da Bluegogo pediu desculpas por seus erros e admitiu ter tratado do assunto “com muita arrogância”.
A cidade de Xangai tem 1.5 milhão de bicicletas compartilhadas disponíveis nas ruas, cerca de uma para cada 16 habitantes, com um custo de uso muito baixo para o usuário.
Em Londres, cuja população equivale a um terço da de Xangai, há apenas 11.000 bicicletas disponíveis para uso público.
A maioria das bicicletas deixadas pelas ruas de Xangai possuem um sistema de localização por GPS que dispensa o uso das tradicionais estações de estacionamento. O usuário localiza a bike através de um aplicativo no celular, encontra a mais próxima, libera o cadeado e sai pedalando.
Ao terminar, pode deixar a bike trancada em qualquer lugar público. O sistema é mais conveniente pois o usuário não precisa estar perto de uma estação para encontrar uma bike disponível.
Mas a possibilidade de deixar a bicicleta em qualquer lugar gera transtornos – a imensa quantidade de bikes abandonadas vem atrapalhando o tráfego de pedestres pelas calçadas da cidade.
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