Realizado na manhã de hoje (05/12) em Pinheiros (SP), o Fórum de Mobilidade Urbana promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo reuniu palestrantes para discutir ideias acerca da melhoria da mobilidade urbana no Brasil.

Representantes de empresas como 99 Taxi, Moovit e Waze apresentaram seus produtos como opções de deslocamento inteligente pela cidade, mas foi Luis Antonio Lindau, diretor da WRI Brasil Cidades Sustentáveis, quem trouxe ao painel as ideias mais bacanas para tentarmos melhorar o fluxo de pessoas pelas grandes capitais, de maneira consciente e sustentável. Confira algumas passagens de sua palestra:

Uso do carro

> “Precisamos pensar na relação entre mobilidade, tecnologia e sustentabilidade. Nossas cidades foram construídas para carros, e hoje em dia está ruim para os pedestres, para o transporte coletivo e para os próprios carros“.

> “Vim de táxi para cá. Durante o trajeto, o taxista pediu desculpas pois “só podíamos andar a 50 km/h”. Eu respondi que pelo menos não mataríamos ninguém. Diminuir a velocidade máxima dos carros é uma ação muito positiva pela qual as pessoas brigam no mundo todo. Aqui, seguimos uma lógica ao contrário e pedimos o inverso”.

> “É possível ganhar dinheiro dificultando o acesso dos veículos ao centro da cidade, através da taxação do congestionamento (cobrando pedágio pelo acesso via carro às partes mais cheias da cidade), taxação do estacionamento e oferta de mobilidade como um serviço”.

Deslocamento

> “É preciso desenhar ruas completas, com uma proposta inteligente que incentive o deslocamento urbano de pedestres e modais não-motorizados. Uma rua organizada desta maneira tem menos veículos, menos emissões de gases nocivos e é mais agradável”.

> “Trabalhar com pincel e tinta, sinalizando ciclovias e faixas de pedestres, é um bom começo, mas é apenas isso – o começo de uma estrutura que precisa ser bem maior”.

> “Ônibus elétricos são uma ótima oportunidade de transporte público em massa com emissão zero de poluentes”.

> “É necessário desestimular o uso do automóvel particular. Congestionamentos são onerosos para a cidade em vários aspectos”.