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Por Leandro Bittar, de Westlake, Califórnia
O Bike Fit é uma das principais recomendações para os ciclistas. Em qualquer nível de performance, ele ajuda no desempenho e na prevenção de dores e lesões. Um bom bike fit exige muita sensibilidade do ciclista e do especialista para encontrarem juntos a posição ideal.
Os mecanismos para ajudar neste processo evoluem constantemente e o mais moderno deles é o Guru Fit System, que os jornalistas tiveram acesso nesta quarta-feira (9), durante a apresentação da equipe Cannondale Pro Cycling Team.
O responsável pelo fit foi Colby Marple, que tambem é o Gerente de Marketing Global da marca. "O Guru Fit System se diferencia dos demais por ter seu ajuste totalmente eletrônico e controlado por computador, permitindo um teste dinâmico em subida, descida e em diferentes potências", afirma Marple. '
Um scan kinect (similiar ao dos vídeos-games) lê a constituição física e os movimentos do corpo sem a necessidade de pontos de apoio e sincroniza as informações entre a bike e o computador em tempo real.
O mais legal é a facilidade de tentar ajustes diferentes. Pois não há necessidade de trocar uma mesa ou subir um selim, por exemplo. O esforço é de apenas um botão.
Como outros sistemas já existentes, o software da Guru armazena dados de inúmeras bicicletas no mercado (entre MTB, Triathlon e Estrada) e os cruzam com as especificidades do ciclista para a escolha de uma bike ideal. "Este sistema pode popularizar o bike fit e tirá-lo de um contexto exclusivo de alta performance, com leituras mais rápidas sobre o modelo mais adequado para um iniciante".
Mesmo com tanta tecnologia envolvida, Marple admite que não há informatização capaz de substituir um olhar especializado e o feedback do ciclista. "A máquina ajuda muito, mas nunca vai dispensar um especialista. Ela oferece mil possibilidades, mas a palavra final é humana e, principalmente, do ciclista".
Marple demonstra orgulho em conseguir alterar alguns estigmas dos ciclistas profissionais. Segundo o especialista, os atletas estão mais abertos a mudar o fit do que os mecânicos e dirigentes. "Em geral, os mecânicos preferem manter o que sempre fizeram e, de alguma forma, generalizar o processo. Já os atletas adoram essa troca de informações. Depois de três anos na equipe, Ted King mudou de um quadro 58 para 60 após o fit e ficou extremamente satisfeito".
O serviço mais simples de leitura de dados custa no mercado americano cerca de 50 dólares (R$ 125) e demora cerca de 40 minutos. Análises mais detalhadas de isometria da pedalada e potência também estão disponíveis e um fit com todas as possibilidades da máquina podem chegar até U$ 350 dólares.
O projeto Guru Fit System deve chegar ao Brasil ainda este ano, já que a marca Guru pertence ao mesmo grupo da Cannondole, o Dorel, que recentemente comprou a Caloi. "Acreditamos muito no mercado brasileiro”, diz Marple.
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