Nas edições anteriores escrevi sobre a importância de uma boa condição física e técnica no mountain bike. Nesta vou abordar a questão tática, o terceiro componente básico na preparação do atleta. Em competições de cross country olímpico (XCO) há circuitos com características bem distintas, algo que sempre favorecerá em maior ou menor grau determinados atletas. A variação acontece na quantidade e dificuldade dos trechos de subida, descida e single tracks, no local da largada, em pontos de ultrapassagem, no tipo de terreno e até pelas condições climáticas. Ter a exata noção do quanto essas particularidades interferem no seu desempenho e associá-las às suas virtudes e deficiências é o primeiro passo para traçar uma boa tática de competição.
No entanto, ter informações sobre o circuito não substitui o DEVER de pedalar nele. O atleta tem de percorrê-lo e “sentir” na pista quais serão os seus pontos fortes e fracos e, se for necessário, repetir diversas vezes alguns trechos até estabelecer o traçado mais eficiente.
Em competições com grande número de atletas, a largada se torna um ponto fundamental, pois na sequência pode haver um local estreito, de difícil ultrapassagem, que distancie você dos líderes. Muitas vezes, vale a pena se esforçar um pouco mais para estar entre os primeiros e “administrar” o esforço nos trechos subsequentes.
Para estabelecer uma boa tática, analise não só os seus adversários, mas também a si mesmo. Saiba quais são suas principais características e explore-as ao longo da prova. Se, por exemplo, seu desempenho não é tão bom em descidas, procure ganhar vantagem nos outros locais. Esforce-se para percorrê-los com certa margem e faça disso um “bônus” para os momentos cruciais da competição, aqueles instantes para você arriscar, ganhar vantagem e se sobressair.
Se você é um atleta de muita velocidade e consegue se posicionar à frente no primeiro terço de prova, fique atento às situações adversas de temperatura, umidade e altitude. Caso não esteja aclimatado, tenha cuidado ao tentar manter o mesmo vigor físico do início da prova. Nesses casos, vale repensar a tática para ter um desempenho melhor.
O ideal e o real, claro, nem sempre caminham próximos, principalmente em competições. Nem sempre é possível ingerir líquidos ou se alimentar de acordo com o tempo, o que torna necessário traçar o plano nutricional de acordo com os locais apropriados do circuito, aqueles pontos que permitem melhor alimentação e hidratação. A tarefa não é das mais simples, contudo a prática e a repetição tornarão esses aspectos acessíveis. O pior será negligenciá-los. Não seja um “atleta força”, que acredita que o desempenho é somente consequência do esforço físico. Garanta-se também com outras atitudes.
Coluna publicada na Revista VO2 Bike Edição 98 – Nov/13
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