O nome da brasileira Isabella Lacerda figura na lista de atletas punidos por doping da UCI, a União Ciclística Internacional. A ciclista foi suspensa por anormalidades em seu passaporte biológico, segundo a entidade regulatória, até 2021.
O passaporte biológico é o histórico de exames do atleta, usado pelo Fundação Antidoping do Ciclismo para detectar o uso de substâncias proibidas de acordo com anormalidades vistas na amostra de sangue. O Tribunal Antidoping já havia punido Isabella provisoriamente em janeiro, mas confirmou no último dia 18 de agosto, juntamente com a UCI, sua suspensão até janeiro de 2021.
A brasileira se defendeu em declaração oficial feita em sua página do Facebook, criticando o a forma como a decisão foi tomada “Durante todo o processo, forneci todas as provas da minha inocência, mas a UCI não levou nada em conta. Com base em uma hipótese acadêmica, fornecida por seus subordinados, condena-me sumariamente com base em suposições”, afirma. “A UCI elabora a norma, ela mesma procede o andamento processual e ela mesma julga com base no seu livre arbítrio. Ou seja, não há defesa”.
Isabella ainda pode recorrer da decisão no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), mas tem que arcar com todos os custos do processo.
“Durante todo o ciclo olímpico, fui a única atleta do MTB feminino testada fora das pistas (…) todos meus exames foram negativos para qualquer substância”, disse a ciclista. Isabella Lacerda era, até o ano passado, a segunda melhor ciclista brasileira no ranking mundial – nas Olimpíada do Rio de Janeiro 2016, o País foi representado na modalidade por Raíza Goulão.
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