Um dos maiores ciclistas de sua época, Alberto Contador fez sua última competição neste domingo, o Critério de Xangai. O espanhol terminou a prova promocional em quarto lugar, completando as 20 voltas de 3 km em 1h22min08s, 12 segundos atrás do vencedor Chris Froome. Contador tinha se aposentado oficialmente com o fim da Vuelta a España, mas voltou a vestir a camisa da Trek-Segafredo para a prova na China, dos mesmos organizadores do Tour de France e do evento em que se despediu do ciclismo profissional.

Chris Froome, último campeão do Tour, reconheceu a importância do espanhol para o ciclismo: “A aposentadoria de Alberto certamente dá fim a uma era. Ele tem sido um grande rival por tantos anos e eu definitivamente sentirei sua falta de algumas maneiras, mas de outras não”, disse.

Contador termina sua carreira como apenas o sexto ciclista a ter vencido os três Grand Tours: três títulos da Vuelta (2008, 2012 e 2014), dois do Giro d’Italia (2008 e 2015) e dois do Tour de France (2007 e 2009). O espanhol também será reconhecido pelo seu estilo agressivo na bicicleta, algo que ele não deixou de fora mesmo em sua última prova. Não à toa, recebeu o apelido de El Pistolero: “Foi minha última corrida e me diverti muito nela. Tentei atacar, atacar e atacar”, afirmou.

Entretanto, sua história não está livre de manchas. Um teste realizado em 2010 apontou o uso da substância clembuterol – droga que age de maneira similar à adrenalina – pelo atleta, retirando seu título do Tour daquele ano e o do Giro de 2011. O espanhol sempre alegou contaminação acidental por meio da alimentação.

Ainda que suas pedaladas como profissional tenham chegado ao fim, ele não irá se afastar do esporte. A Fundação Alberto Contador está diretamente envolvida no time de desenvolvimento sub-23 da Trek Segafredo, juntamente a seu irmão Fran e o bicampeão do Giro d’Italia Ivan Basso.