Dois ciclistas que faziam uma viagem ao redor do mundo foram encontrados mortos em um barranco à beira de uma estrada no sul do México. Investigadores locais trabalham com a hipótese de assassinato. O alemão Holger Hagenbusch e o polonês Krzysztof Chmielewski viajavam pelo mundo de bicicleta quando se conheceram na cidade de San Cristobal de las Casas e decidiram pedalar juntos até Palenque, a cerca de 200 km, para ver as ruínas maias do local.
As famílias de Holger e Krzysztof relataram o desaparecimento dos ciclistas, o que iniciou a busca policial. Os corpos foram encontrados abaixo de uma face rochosa no estado de Chiapas. O corpo de Krzystzof foi encontrado no dia 26 de abril, e o de Holger, uma semana depois, a cerca de 200 metros do primeiro.
Inicialmente, a polícia afirmou que a morte dos ciclistas tinha sido “um acidente”, e que eles teriam se desequilibrado e caído do barranco devido a fortes ventos, mas a análise dos corpos encontrou sinais de violência.
O irmão de Holger, Rainer, que voou até o México para identificar seu corpo, escreveu em sua página no Facebook que ambos os corpos haviam sido mutilados. “O ciclista polonês foi decapitado e estava sem um pé”, disse. Holger tinha uma perfuração no crânio causada por uma arma de fogo. A pressão das famílias fez a polícia mexicana reavaliar sua posição.
“O promotor que alegou que foi um acidente não o fez de propósito ou de má fé, também não o fez para esconder evidências”, diz o promotor de homicídios de Chiapas, Luis Alberto Sánchez, para o jornal El País. “Pode ter sido um assalto violento. Talvez tenham resistido e por isso os mataram”, explicou Sánchez em uma entrevista por telefone. Ele não deu outras informações.
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