A produção de bicicletas no Brasil cresceu no último ano. De acordo com os dados divulgados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares),  a produção no ano deve chegar a 779 mil unidades, o que representa um aumento de 16,5% em relação a 2017.

Esta é a primeira vez que o setor apresenta crescimento após quatro anos. Os fabricantes chegaram, inclusive, a revisar a projeção. A previsão inicial era atingir 765 mil unidades, o que representaria uma elevação de 15% em relação a 2017.

Segundo a Abraciclo, a retomada dos negócios em 2018 foi impulsionada pela maior oferta de produtos, preços mais competitivos e expansão da mobilidade urbana. “Isso significa ampliação das ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas”, comenta o vice-presidente do segmento de bicicletas da entidade, Cyro Gazola.

O bom resultado deste ano faz a indústria projetar mais um ano de crescimento, em 2019. “Acreditamos que haverá um crescimento de 10% na produção de 2019, devendo chegar a 857.000 unidades, sendo 78.000 unidades a mais do que as 779 mil de 2018”, diz o empresário.

Elétricas em crescimento

Parte do crescimento da indústria no próximo ano deve ocorrer pelo aumento da venda de bicicletas elétricas. Em 2018, a categoria representa 0,35% do setor, mas a expectativa é que no próximo ano 13 mil unidades deste tipo de produto sejam vendidas, ultrapassando as bikes de estrada.

“O uso cada vez mais acentuado de bicicletas elétricas é uma tendência mundial e deverá chegar com força no Brasil”, diz Gazola. 

A categoria urbana é a com maior volume de vendas. O País deve encerrar o ano com 440 mil modelos deste tipo produzidos, contra 332 mil de MTB. A tendência, no entanto, deve se inverter em 2019, com as mountain bikes ganhando espaço no mercado por sua versatilidade.

A expectativa é que em 2019 sejam produzidas 419 mil MTBs e 411 mil urbanas.