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Terminou no último domingo (25) o Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista, no velódromo olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. O maior destaque para o Brasil foi a medalha de ouro conquistada pelo paulista Lauro Chaman no scratch de 15 km da categoria C4-C5 no último dia de provas.
Lauro sagrou-se campeão em uma chegada emocionante, definida pelo photofinish. Foi a primeira medalha do país nesta edição do evento, que dá o pontapé na disputa pelas vagas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, em 2020.
“Eu sabia que a prova que eu teria mais chance seria o Scratch, por ser uma prova mais longa“, disse. “Conseguimos fazer uma boa corrida e agradeço principalmente ao meu companheiro de equipe Soelito Gohr, que me auxiliou na estratégia traçada pelos meus treinadores. A energia era muito, muito positiva aqui hoje”, opinou.
“Temos o melhor velódromo do mundo neste momento. Vamos rumo a Tóquio agora, porque o meu foco é conseguir uma medalha de ouro em Jogos Paralímpicos, que é o que me falta”, completou.
O Mundial teve sabor especial pelos recordes quebrados. No segundo dia de disputas a chinesa Jieli Li estabeleceu a marca de 43s430 na final do contrarrelógio 500 metros C1 feminino, faturando a medalha de ouro. O recorde anterior, de 44s439, pertencia a ela mesma, obtido no Mundial de Montichiari, na Itália, em 2016.
O sábado (24) contou com dois novos registros históricos, que confirmam a vocação veloz do Velódromo do Parque Olímpico da Barra: o primeiro aconteceu ainda nas qualificatórias da perseguição individual feminina 3 km da classe C4. A australiana Emily Petricola registrou 3min54s501, tempo quase meio segundo mais rápido do que os 3min55s006 da americana Shawn Morelli – o troco, no entanto, foi dado na decisão da medalha de ouro, em que a americana superou a rival para subir ao lugar mais alto do pódio (o bronze ficou com a também australiana Meg Lemon).
A segunda marca mundial veio na sessão da tarde do evento, com a britânica Sophie Thornhill. Ela conquistou o ouro do contrarrelógio de 1 km da classe B, com a piloto Helen Scott, ao registrar o tempo de 1min05s912 – 9 décimos mais veloz do que a antiga marca, dela própria, que já perdurava quatro anos. Jessica Gallagher (AUS) ficou com a medalha de prata, enquanto a belga Griet Hoet foi bronze.
“Sabíamos que estávamos pedalando muito bem, mas não esperávamos superar o recorde mundial em tanto tempo. Normalmente, nós temos uma noção de como estamos indo, mas não desta vez. Podemos dizer que há algo especial no ar aqui no Brasil (risos). Essa pista tem sido incrível para nós”, disse Sophie Thornhill, atual campeã paralímpica.
O Velódromo do Parque Olímpico já havia sido sede dos Jogos do Rio 2016 e ficou conhecido por ser uma das pistas mais velozes do planeta. “A expectativa desde o começo era de que houvesse um bom número de quebra de recordes mundiais. A pista é realmente muito rápida por causa da qualidade da madeira e a boa manutenção que é feita nela pela AGLO (Agência de Governança do Legado Olímpico). Tínhamos certeza que, se deixássemos o velódromo em uma condição adequada, haveria estas quebras”, disse Edilson Alves da Rocha, o Tubiba, diretor da competição.
Além dos recordes, o mundial também foi marcado pelo pentacampeonato do eslovaco Jozef Metelka, que faturou o título da perseguição individual, classe C4. Na decisão, que reeditou a final paralímpica de 2016, ele superou o australiano Kyle Bridgewood. Jaco Van Gass, da Grã-Bretanha, foi o terceiro colocado e ficou com o bronze.
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