O governo do sul da Austrália anunciou ontem (22) que, a partir do ano que vem, as ciclistas mulheres receberão prêmios iguais aos dos homens no Tour Down Under, pela primeira vez na história.
O estado australiano disse que aumentará o valor do prêmio da competição feminina em cerca de AUS$ 90.000, igualando a premiação à da prova masculina.
O prêmio inicial das mulheres era de cerca de AUS$ 15.000.
“Estas atletas estão na melhor fase de suas carreiras, mostrando profissionalismo, determinação e habilidade em todas as fases da dispurada corrida”, disse o ministro de esportes do Sul da Austrália, Leon Bignell.
“É apenas justo que o prêmio que elas recebem seja igual ao dos homens, por etapa e na classificação geral”, disse.
A australiana Amanda Spratt foi a vencedora do Tour Down Under este ano, tanto na classificação geral quanto na competição de montanha. Ela chamou a decisão de “um passo imenso rumo à igualdade”.
A diretor do Tour Down Under feminino, Kimberley Conte, disse que a decisão iria “elevar o nível da corrida e reconhecer as habilidades e esforços de nossas ciclistas”.
“Temos mulheres vindo do mundo todo para competir”, disse. “Ter um prêmio igualitário vai resultar em mais interesse de atletas internacionais e ajudar a elevar o nível da competição”.
A diferença de pagamento entre gêneros no ciclismo profissional tem sido alvo de avaliações minuciosas, com mais e mais atletas reclamando sobre a disparidade no esporte.
A UCI, organização responsável pelo ciclismo esportivo mundial, já introduziu o pagamento de prêmios iguais para homens e mulheres no campeonato mundial e nos eventos de copa do mundo, mas, ao contrário dos homens, as mulheres ciclistas ainda não têm um salário mínimo garantido.
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