Os treinos oficiais para o Mundial de Paraciclismo de Pista Rio 2018 começaram na manhã desta terça-feira (20), no Velódromo do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Quase 240 atletas de 30 países estão na cidade para disputar a competição, entre os dias 22 e 25. A partir das 8h, já estavam na pista competidores da Grã-Bretanha, China, Hungria, República Tcheca, Romênia e Ucrânia. A delegação brasileira treina a partir das 15h30.
“Sessenta por cento dos atletas da nossa equipe que estiveram nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016, estão aqui para o Mundial. Já conhecemos o entusiasmo da torcida e a energia da cidade. O público foi muito hospitaleiro e a pista está muito boa. Esperamos uma ótima competição”, afirmou o head coach da Austrália, Peter Day. Os australianos contam com 16 competidores no Mundial.
As maiores estrelas do paraciclismo de pista da Austrália estarão no Mundial. David Nicholas promete fazer um duelo empolgante com o norte-americano Joseph Berenyi no C3. Na mesma classe, no feminino, todas as medalhistas olímpicas e dos dois últimos Mundiais estarão no Mundial Rio 2018: Simone Kennedy (AUS), Jamie Whitmore (USA), Megan Giglia (GBR) e Denise Schindler (GER) ganharam todas as medalhas dos últimos Mundiais e Jogos.
O Mundial do Rio, o primeiro da modalidade a ser disputado no Brasil, ganha ainda mais importância por ser a primeira grande competição a contar pontos para o ranking que selecionará os participantes dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020.
O Paraciclismo é o terceiro esporte no ranking dos que mais dão medalhas em Jogos Paralímpicos, atrás apenas do Atletismo e da Natação. O Mundial é composto por três provas em cada umas das categorias – Tandem (para cegos), C1, C2, C3, C4 e C5 (para pessoas com deficiências físico-motoras e amputados) tanto no masculino quanto no feminino. Além disso, há uma prova de Sprint com equipes mistas.
No C2, Amanda Reid (AUS), que arrematou os três ouros no último Mundial; Alyda Norbruis (NED), dois ouros na Rio 2016; e Zeng Sini (CHN), dois ouros no Mundial 2016, dominam a classe nos últimos tempos.
No masculino, o grande nome desse Mundial é o canadense Tristen Chernove, que ganhou 6 dos últimos oito ouros em grandes competições – 3 no Mundial 17, uma nos Jogos Rio 2016 e 2 no Mundial 16. No C1, as maiores estrelas são o canadense Ross Wilson e a chinesa Li Jieli.
Os maiores medalhistas do C4 também estarão no Rio: o eslovaco Josef Metelka (único representante do país no Mundial 2018); o britânico Jody Cundy e o australiano Kyle Bridgwood. Shawn Morelli (USA), Marie-Claude Molnar (CAN), Meg Lemon (AUS), Ruan Jianping (CHN) e Kate Horan (NZL) devem ser as protagonistas na busca por medalhas.
O brasileiro Lauro Chaman, dono de duas medalhas nos Jogos do Rio; é uma das estrelas da classe C5, ao lado dos britânicos Jonathan Gildea e Jon-Allan Butterworth, o norte-americano Christopher Murphy, o australiano Alistair Donohoe, o ucraniano Yehor Dementyev e o espanhol Alfonso Cabello Llamas.
No feminino, cinco atletas assumem o favoritismo: as norte-americanas Samantha Bosco e Jennifer Schuble, as britânicas Sarah Storey e Crystal Lane-Wright, a chinesa Zhou Jufang e a argentina Mariela Analia Delgado.
“É uma felicidade muito grande estar voltando a competir aqui no Rio. Para mim, porque foi, sem dúvida, o momento mais feliz que vivi no esporte. Só tenho a agradecer a todos os envolvidos por nos dar essa oportunidade de disputar um Mundial em casa, com a torcida de todos os meus amigos e familiares”, disse Lauro Chaman.
As maiores delegações no Mundial são também dos países com mais tradição no paraciclismo: Grã-Bretanha (22 competidores), Estados Unidos (18), Austrália (16), Rússia (14), Irlanda (13), China (12) e Espanha (12). Brasil (11), Malásia (10), Argentina (09), Holanda (09) e Nova Zelândia (09) fecham o top 10.
Ao todo, a competição no Rio contará com a presença de 48 atletas que chegaram ao pódio nos Jogos Paralímpicos de 2016, sendo 26 homens e 22 mulheres.
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