Tricampeã mundial e medalhista olímpica, a ciclista Kelly Catlin, de 23 anos, foi encontrada morta em sua casa em Stanford, nos Estados Unidos. De acordo com uma carta enviada pelo pai da atleta, Mark Catlin, ao site norte-americano Velonews, a atleta se suicidou na última sexta-feira.

“Não há um minuto em que não pensemos nela e na maravilhosa vida que ela poderia ter vivido”, disse ele ao veículo.

O triste ocorrido foi notificado ao público pela Federação de Ciclismo dos Estados Unidos apenas no domingo.

“A comunidade do ciclismo dos Estados Unidos sofreu uma perda devastadora com a morte de Kelly Catlin, membro da equipe nacional”, lamentou o presidente da Federação, Rob De Martini, em um comunicado divulgado nas redes sociais.

Catlin, que também era estudante de engenharia informática na Universidade de Stanford, era uma das principais ciclistas americanas, tendo vencido a prova de perseguição por equipes nos Campeonatos Mundiais de ciclismo de 2016, 2017 e 2018.

Ela também foi medalha de prata na mesma prova nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.

Segundo sua irmã, Christine Catlin, Kelly tinha tentado o suicídio previamente em janeiro, quando a família conseguiu avisar as autoridades e evitar sua morte.

Acidentes sofridos nos últimos meses, que geraram concussões e uma lesão no ombro, tiveram impacto no comportamento da medalhista.

“Ela não conseguia mais treinar como antes. Tinha dores de cabeça muito fortes e sensibilidade à luz. Ela tentou cometer suicídio em janeiro. Seu pensamento era bem obscuro e ela tinha levado isso ao niilismo. Conseguimos chamar a polícia assim que recebemos o e-mail e conseguiram salvar ela aquela vez”, disse Christine ao Washington Post.