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Depois do lançamento de relatório da Comissão de Reforma Independente do Ciclismo (CIRC) sobre a história do doping no ciclismo, a UCI (União Ciclística Internacional) anunciou nesta terça-feira – por meio de seu presidente, Brian Cookson – novas recomendações antidoping para fortalecer a luta contra substâncias ilegais na modalidade. A informação é do site CyclingNews.
Brian Cookson, presidente da UCI, disse estar determinado a utilizar o relatório da UCI para recuperar a credibilidade do ciclismo junto a fãs, jornalistas e aos próprios atletas. A UCI pretende estar mais próxima à WADA (Agência Mundial Antidoping) na análise de novas substâncias para decidir quais novidades devem ser adicionadas à lista de substâncias proibidas.
A entidade também estaria compromissada em desenvolver a Fundação Antidoping do Ciclismo e recrutar um gerente de inteligência para trabalhar próximo a autoridades civis e criminais. Também planeja melhorar a estratégia de novas testagens, além do estabelecimento de testes noturnos em alguns casos.
Prevalência desconhecida
Um dos pontos mais interessantes no relatório aponta para o fato de que prevalência de casos de doping no ciclismo atualmente é desconhecida. Não se tem estimativa, portanto, de quantos ciclistas fazem uso de doping. Por isso, a UCI trabalha no sentido de conduzir novos estudos sobre a prevalência do doping na modalidade atualmente.
Educação, denúncia e governança
Outras medidas e recomendações incluem o compartilhamento de acordos com Agências Antidopagem Nacionais e o relançamento de um programa de denúncia através de uma agência independente que obrigaria os ciclistas e membros das equipes a denunciar eventuais violações de regras.
Além disso, a UCI está, diz Cookson, empenhada na construção de programas de educação do atleta, que visam uma melhor colaboração entre WADA e a indústria farmacêutica.
Cookson também diz que a UCI estabeleceu um rigoroso processo de governança interna para que o órgão que rege o ciclismo não possa interferir em assuntos operacionais. De acordo com o dirigente, as novas regras internas da entidade máxima do ciclismo preveem a atualização da constituição da UCI e o aumento de transparência nas eleições.
Mais rigidez
A investigação do CIRC descobriu que muitos atletas fazem uso da Isenção para Uso Terapêutico (Therapeutic Use Exemption, TUE) para terem acesso a substâncias proibidas. O dirigente disse que a UCI revigorou o Comitê do Uso Terapêutico e que todas as decisões a esse respeito devem ser aprovadas por três membros.
Além de todas as medidas para evitar e detectar casos de doping, a UCI prevê sanções a equipes com dois ou mais ciclistas pegos em exames antidoping no mesmo. As punições incluem suspensão do atleta e multa de cinco por cento no orçamento.
Marcado por escândalos, como o caso Lance Armstrong, o ciclismo sofre com numerosos casos de doping. Um problema que UCI quer provar não ser crônico.
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