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A prática do ciclismo é mais segura, em longo prazo, quando comparada a esportes como a corrida. Boa parte das lesões que acontecem no pedal decorre de acidentes. Traumas relacionados ao esforço repetitivo são menos comuns e severos que os verificados em corredores.
No entanto, são frequentes os erros de posicionamento do ciclista sobre a bicicleta, o que acaba gerando desconforto e dores, podendo evoluir para lesões com o passar do tempo caso o problema não seja tratado e corrigido devidamente.
Um dos pontos mais importantes a ser observado na regulagem da bicicleta é o ajuste do selim. Fernando Rianho, fisioterapeuta esportivo e especialista em bike fit, explica as consequências de um ajuste do selim mal feito e como corrigir o problema.
Erro: selim muito baixo
Influência na pedalada – aumento da tensão no tendão patelar; sobrecarga da musculatura estabilizadora do quadril; pressão excessiva dos pés nos pedais, com o tornozelo muito baixo no ponto inferior da pedalada; flexão exagerada do quadril.
Lesões decorrentes – dores na parte anterior dos joelhos; dores lombares; tendinite nos glúteos; dores no quadril (atletas com lesões de labrum preexistentes).
Correção – flexão de joelhos no ponto alto da pedalada (contrarrelógio): até 110°; -flexão de joelhos no ponto alto da pedalada (estrada): até 115°.
Erro: selim muito alto (ou pedivela muito longa)
InfluêncIa na pedalada – estiramento excessivo dos músculos posteriores das coxas; mau posicionamento pélvico no selim; excesso de trabalho dos tornozelos.
Lesões decorrentes – irritação do trato iliotibial (ITBS); lesões nos músculos isquiotibiais; dores lombares.
Correção – extensão de joelhos no ponto baixo da pedalada (contrarrelógio): 37° a 42°; extensão de joelhos no ponto baixo da pedalada (estrada): 35° a 40°.
Por Ana Lídia Borba
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