A chuva que caiu sobre São Paulo no último fim de semana ( 4 e 5) afugentou boa parte dos corredores, ciclistas e famílias que transformaram o Elevado Costa e Silva, popularmente conhecido como Minhocão, num esquisitíssimo parque paulistano. Um dos corajosos a desafiar o tempo chocho foi o DJ mineiro que faz jus ao sobrenome, Luiz Valente.
Valente resolveu permanecer em São Paulo por mais uns dias, depois de participar da edição 2016 do Bicicultura, um encontro nacional de mobilidade por bicicleta e cicloativismo, celebrado no feriado de Corpus Christi. Além de tocar música em suas pick ups, o agitador cultural é também uma espécie de Professor Pardal cicloativista. Inspirado em engenhocas concebidas por uma ONG guatemalteca, o desacomodado barbudo resolveu adaptar bicicletas que convertem pedaladas em força motriz para acionar um moedor de café e um liquidificador.
A equipe de reportagem do Prólogo, sempre disposta a economizar nestes tempos difíceis, pedalou a magrela cafeeira e pagou R$ 4 reais pela bebida estimulante. Se fosse mais preguiçosa, a equipe teria que desembolsar R$ 5, o preço estipulado para aqueles que não se propõem a contribuir, com esforço físico, para a moagem.
O honesto café da marca Terra Santa, fabricado em Formiga (MG), caiu bem na tarde fria de domingo, esquentando a ensopada equipe de reportagem.
O mesmo princípio foi aplicado em outra magrela à qual foi acoplado um liquidificador utilizado para produzir sucos. As bicicletas, compradas de uma associação de catadores de material reciclado, pertenceram aos Correios.
“O lance do interesse pela geração de energia por pedalada surgiu em Londres, onde morei por um tempo. Eu quis misturar essa coisas modernas de geração de energia limpa com a cultura antiga do vinil. Possuo um selo chamado Vinyl Land Records. As minhas carretas sonoras são transportadas por bike. Em Minas, nós temos o Bloco da Bicicletinha, cuja aparelhagem é toda transportada por bike. A BiciRangos (que engloba a bike de moagem de café e a que produz sucos) são bikes de apoio. Tenho amigos que transportam carretas com cerveja e rango”.
Por onde quer que se desloque, Valente constata resultados similares: grande curiosidade de transeuntes interessados em tomar um café ou suco fabricados de maneira tão incomum. “Isso tudo tem a ver com mobilidade, ocupação de espaço público. E as bikes da BiciRangos chamam bastante a atenção, muita gente pergunta, quer saber como funciona”.
A BiciRangos está numa rota de expansão. Valente quer levar suas bikes para eventos no Nordeste do país, para divulgar as engenhocas. Além disso, pretende associar outra bebida interessante às bikes – chopes. Por isso, quem circula por Belo Horizonte ou até mesmo por um dos alvos eventuais do Professor Pardal barbudo, como São Paulo, deve ficar atento. Suas bikes cargueiras podem carregar outras novidades líquidas.
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