Britânico luta contra Parkinson viajando de bike pelo mundo

Atualizado em 04 de julho de 2017
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Diagnosticado com a Doença de Parkinson em 2006, ele, desde então, subiu o Monte Kilimanjaro, na África, o Monte Ventor, nos Alpes, e pedalou 2000 quilômetros em 12 dias de Bangkok, na Tailândia, até Myanmar. Essa é a história de John Mosse, britânico que gosta de se desafiar em aventuras com sua bicicleta.

John conta que, em seu “passeio” pela Ásia, insistia para que seu guia traçasse rotas longe das estradas e das grandes cidades tailandesas. Após atravessar a fronteira com Myanmar, ele passou por 19 bases militares diferentes, incluindo uma onde soldados ficaram apontando uma arma para ele enquanto apagavam as fotos de sua câmera.

Todas essas experiências parecem perigosas e arriscadas, mas ajudaram John Mosse a superar a difícil doença, diagnosticada há mais de 10 anos. “O ciclismo e o exercício me ajudaram a controlar melhor meu Parkinson”, afirma o atleta. Na jornada até Myanmar, ele chegou a pedalar em temperaturas de, ao menos, 38ºC, fazendo-o esquecer de tomar sua medicação. “Mesmo sem os remédios, eu me senti bem”, diz John.

 

 

Para quem quer aventuras desse tipo, o ciclista ainda recomendou três principais conselhos: primeiro, não se esqueça de cremes que protegerão seu corpo de bolhas e machucados; segundo, hidrate-se: “Eu bebia 16 litros de água por dia, ainda comia uma melancia e tinha sempre um balde de gelo comigo”, comenta John; por último, ele recomenda deixar um pouco a bike de lado para conhecer as pessoas, a cultura e os países.