Pedalar longas distâncias é o desafio mais instigante para a maioria dos ciclistas de estrada. Quem é que nunca se sentiu especial ao ultrapassar a barreira dos 100 km, por exemplo? A empreitada para ir além dos três dígitos na quilometragem, porém, não começa na primeira pedalada, mas sim no planejamento do “longão”. Ciclista profissional da equipe Funvic de São José dos Campos, Cris Silva dá dicas de como se preparar para o longão no ciclismo.
Na estrada, procure pedalar sempre no acostamento e de preferência em grupo. É mais fácil o motorista visualizar vários ciclistas do que apenas um, além da possibilidade de ajuda mútua em situações adversas. Também é interessante consultar alguém mais experiente que o ajude a estimar o tempo necessário para concluir a distância pretendida. Assim, você terá uma noção melhor de como se programar e também organizar sua alimentação — lembre-se de que deve ingerir bebidas com carboidrato, géis ou frutas a cada 45 minutos de pedal, ao menos.
Procure sempre observar a previsão do tempo, para não ser pego de surpresa. Em caso de sol, roupas frescas, óculos com lentes escuras e protetor solar — há opções em sachê, para levar nos bolsos — são itens indispensáveis, assim como muita água e isotônico para hidratação. Se a previsão é de chuva, leve um casaco corta-vento, que é impermeável e fácil de transportar — é possível dobrá-lo e colocá-lo no bolso —, assim como manguitos e pernitos, para se proteger em caso de frio.
Se for seu primeiro pedal longo, procure escolher um percurso conhecido, para que se sinta mais seguro, o que também facilitará a logística e lhe dará uma noção melhor para saber dosar o ritmo do pedal. Em percursos desconhecidos, acima
de tudo, tenha cautela — você não sabe o que virá pela frente — e procure manter um ritmo mais moderado, que lhe permita poupar energia para momentos em que for necessário algum esforço maior.
Um longo tempo em cima da bike faz com que o corpo fique cansado e a musculatura dolorida por conta do esforço repetitivo e contínuo. Para amenizar o cansaço e as dores, a dica é de tempos em tempos dar uma alongadinha ou somente relaxar os músculos (como balançar braços e pernas) para ativar a circulação do sangue. Se não quiser perder tempo descendo da bicicleta, procure fazer isso em descidas não muito íngremes ou trechos planos sem muita irregularidade — onde você possa manter o embalo sem risco de queda. Mas se houver necessidade, pare para dar uma esticadinha, recomponha-se e volte para a estrada renovado.
Além dos acessórios de praxe — capacete, luva, óculos e roupa apropriada —, é imprescindível levar um kit básico de manutenção, com câmaras de ar extras (pelo menos duas), bomba de ar ou cápsulas de CO2, espátulas e ferramentas portáteis para ajustes no selim, guidão, câmbio ou outras partes da bike, caso seja necessário. Também é prudente levar dinheiro e ce- lular para emergências, além de colete refletivo e faróis dianteiro e traseiro, caso o pedal for se estender até a noite.
Por Daniel Balsa
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