Diversos fatores são fundamentais para que os exercícios físicos sejam feitos em alta performance e de forma segura por um atleta. Sem dúvida, o consumo de água é um deles. Para os ciclistas, ele é essencial para manter a temperatura corporal estável e fazer com que o corpo não desidrate durante a prova.
Apesar de todos saberem que o consumo de água é importante, algumas dúvidas sempre são recorrentes entres os atletas. Para compreender ainda mais sobre o papel da água no ciclismo, conversamos com Ronaldo Martinelli, treinador da assessoria 5 Ways, que explicou cada detalhe sobre esse tema.
“A quantidade de água consumida por cada ciclista depende muito do grau de sudorese de cada um”, alerta Ronaldo. Sudorese é a transpiração que um atleta tem durante o exercício físico. Segundo o treinador, o ideal é hidratar sempre que possível, porque a perda líquida sempre será maior dentro de uma prova, comparado ao que será ingerido.
“É possível realizar exames, como por exemplo o teste ergoespirométrico ou teste cardiopulmonar, para detectar a perda de água por hora“, recomenda Ronaldo. “Dessa forma temos uma noção bem próxima de quanto perdemos e de quanto precisamos repor”, conclui.
Exagerar no consumo de água também traz alguns riscos. A necessidade e a forma de hidratação são muitos particulares a cada indivíduo, ou seja, a quantidade que funciona para você pode ser nociva a outra pessoa, e vice-versa.
“O excesso de ingestão de água causa um transtorno metabólico chamado hiponatremia“, alerta o treinador.
A hiponatremia é causada por um desequilíbrio no organismo e uma concentração baixa de sódio no sangue. Os principais sintomas são náuseas e dor de cabeça. “É claro que estamos falando em proporções muito exageradas, mas é preciso ter atenção para que não aconteça esse erro”, explica Ronaldo.
É comum, em provas quentes e longas, que a água esquente. “O ciclista deve ir preparado para que isso não aconteça, porque ninguém gosta de se hidratar com água quente, não é mesmo?”, questiona Ronaldo. Mas caso isso aconteça, essa água não será prejudicial para o atleta.
“O único risco envolvido quando a água esquenta é o ciclista perder o paladar e não querer mais se hidratar durante a prova”, avisa o treinador. A não hidratação pode ser determinante para o aumento da frequência cardíaca, o aparecimento de câimbras e a fadiga do corpo.
Misturar a água com outros ingredientes, como carboidratos e sais minerais, é uma prática recomendada por nutricionistas e bastante usada por atletas. “Na verdade é um erro consumir apenas água em treinos ou provas mais longos“, alerta Fernanda Palmas, nutricionista no consultório PHI Performance Humana Integrada. “A capacidade de hidratação é otimizada quando a água é misturada com outros nutrientes“, explica.
>>> Opções para ciclistas
> Água + maltodextrina + suco de uva/suco de maçã ou mel/melado de cana + cápsula de sal
> Água + versões em pó do Gu Drink Mix, Gu Roctane, Glicodry ou Accelerade
> Água + pastilhas como GuBrew ou Num – consumir junto com gel de carboidrato ou bananinha
>>> Atenção:“Para os suplementos industrializados, é importante observar a presença de aditivos químicos (usados para melhorar cor e sabor), que podem ser prejudiciais à saúde”, avisa Fernanda.
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