Food bike é a nova moda após food truck

Atualizado em 29 de novembro de 2016
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Cafés, brownies, vinhos, hambúrgueres, geladinhos, bolos, pudins e brigadeiros… Tudo ofertado sobre duas rodas. As bikes ganharam mais uma utilidade: adaptadas como os food trucks, as food bikes se espalham pela capital paulista e podem ser uma boa pedida. Também é o modo que alguns empreendedores encontraram de vender seus produtos, sem precisar de grandes investimentos. Afinal, basta dar um novo look na bike, acrescentar (ou não) mais uma roda para dar mais sustentação e acoplar uma chapa, isopor, caixa, ou cesta. E ela está pronta para o trabalho.

Bianca Alves foi uma das pessoas que aderiu à food bike, em maio de 2014, com o Brownie Affair. Ela queria ter um contato maior com sua clientela, mas não tinha verba suficiente para abrir uma loja e nem um food truck. Foi aí que apareceu a ideia de usar a bicicleta para vender seus brownies, que custam R$ 6 (o pedaço). “Ela [a bicicleta] cabia no meu bolso, é sustentável e me permite ter um contato muito próximo com meu cliente. Além disso, o seu custo é baixo. Tanto na montagem, quanto na sua manutenção é bastante versátil. Seu tamanho permite que ela participe de eventos em locais com espaço reduzido”, conta Bianca, que estaciona a bike em feiras gastronômicas, festas de casamento e em parques da capital paulista. E, apesar do público ser diversificado, sempre tem um ciclista na clientela.

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Já a mineira Camila Dias, que se considera a primeira a aderir às food bikes no Brasil, começou em 2013, com o Brigaderô Brigadeiros Gourmet. Mas, sua história com o brigadeiro começou bem antes disso, quando fez seu primeiro doce aos sete anos. Depois, a publicitária passou a vender brigadeiros para a família e os amigos. Em 2011, criou o Brigaderô. Atualmente, ela vende 12 sabores de brigadeiro com valores que vão de R$ 4 a R$ 15, também de parques a espaços gastronômicos. “As pessoas se encantam quando percebem que os brigadeiros estão expostos em uma bicicleta. A bike e o brigadeiro parecem fazer parte da memória da infância de quase todas as pessoas”, finaliza Camila, que só usava a bicicleta para passeios, antes de entrar no ramo do bike food.

Cadu Ronca também aderiu à nova onda e vende café nas ruas e parques da capital paulista ou na loja fixa, localizada no bairro de Pinheiros. “Resolvemos juntar duas coisas que todos gostam. Um bom café tem o poder de aproximar pessoas. E a bicicleta também. Ela leva a gente para a rua, a natureza, para uma vida melhor”, esse foi o ponto chave para ele montar o Bike Café, que hoje vende uma média 70 Kg de café torrado por mês (cerca de 7000 xícaras).

Mas, para ter um food bike é necessário estar atento também às dificuldades diárias, como: a logística de levar a bicicleta em um determinado evento ou parque, precisando ou não de um carro que a transporte; o clima, pois se estiver chovendo e o lugar for aberto pode ser inviável trabalhar; e a capacidade limitada de armazenar seus produtos e ingredientes. “A logística dependendo do evento pode ser uma dificuldade e a imprevisibilidade sobre o clima pode atrapalhar os eventos a céu aberto e determinar o dia de trabalho”, acrescenta Cadu.

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