Os pedais são uma importante conexão do ciclista com a bicicleta. Afinal, é por meio deles que se transmite a potência para as pedaladas, além de possibilitarem controlar a magrela e sentir o terreno para evitar derrapagens. Por isso, avaliamos os prós e contras dos principais sistemas de pedal para MTB para que você possa escolher o que melhor atende a suas necessidades.
O sistema SPD (Shimano Peda- ling Dynamics) foi desenvolvido pela japonesa Shimano, responsável pela popularização dos pedais de encaixe (clipless), e por isso é o mais encontrado no mercado. Por ser um mecanismo mais fechado, não é dos mais leves e pode apresentar dificuldade para encaixe e desencaixe se os orifícios entupirem de lama. Pede um ajuste criterioso dos taquinhos para evitar problemas no joelho, já que não oferecem folga para movimentação lateral — rotacionar os pés. Todavia, são extremamente robustos e requerem pouca manutenção, sendo ideais para quem não quer ter problemas inesperados. Possuem ainda ajuste de tensão que permite um funcionamento fácil para quem está começando, ao mesmo tempo que evita desencaixes involuntários. Esses modelos de pedal para MTB costumam ter um preço mais em conta.
EGG BEATER
Suavidade, baixo peso e excelente funcionamento na lama são os pontos fortes do sistema Egg Beater, da estadunidense Crankbrothers. Diferentemente do SPD, eles permitem movimentação lateral, que pode ser ajustada em 15° ou 20° — com isso, o pé do ciclista encontra uma posição natural, ideal para quem tem problemas no joelho. Os pedais e taquinhos dessa marca, no entanto, requerem manutenção constante e não são raros os relatos de desgaste prematuro dos componentes. Outro detalhe é que não existe ajuste de tensão das molas. O preço desses modelos de sistema costuma ser superior ao do SPD.
Apostando em um desenho de duas barras para um bom escoamento de lama, a Time desenvolveu o sistema Atac (Auto Tension Adjustment Concept). Embora não sejam tão leves quanto os Egg Beater, os pedais deste fabricante francês costumam pesar menos do que os SPD. Em alguns pedais da marca é possível ajustar separadamente a tensão da mola e o ângulo de liberação. Além disso, também têm jogo lateral para poupar os joelhos do ciclista. No quesito durabilidade, não são robustos como os SPD, mas também não são delicados como os Egg Beater. Modelos desse sistema costumam ser mais caros que os anteriores.
Assim como a Time, a francesa Look apostou em um sistema para melhorar o funcionamento na lama. Batizado de S-Track, ele também dispõe de duas barras e em seus últimos modelos conta com taquinhos recortados e perfurados para não reterem sujeira. Apresentam boa durabilidade e o mecanismo de encaixe é bem protegido, evitando danos em batidas com pedras ou outros objetos. Nos últimos modelos da marca, o ângulo de liberação é de 15° e a altura do taquinho pode ser alterada com calços, o que garante a adaptação em qualquer sapatilha. Os modelos desse sistema de pedal para MTB costumam ter um preço compatível com os Atac.
Por Gustavo Figueiredo
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