Nicki Aitken, ciclista nascida em Berkshire, na Inglaterra, pode se tornar a primeira mulher a completar o Tour de France. Não, a organização ainda não criou uma versão feminina da prova ciclística mais tradicional do mundo. Mesmo assim, Nicki planeja percorrer exatamente o mesmo percurso que os ciclistas homens inscritos na edição de número 102 do Tour, que acontece de 4 a 26 de julho, e será distribuída em 21 etapas.
Ciclista profissional, Aitken tem participação prevista no Tour de France Ten Years On ride (Tour de France Dez Anos Pedalando), pedalada beneficente que vai acompanhar o Tour oficial, percorrendo o mesmo trajeto da tradicional prova (só que com um dia de antecedência).
Aitken é a única mulher no pelotão de 20 ciclistas a disputar o Tour alternativo. Por isso, está sendo considerada pela organização da prova beneficente como, possivelmente, a primeira mulher a completar o trajeto do Tour de France em três semanas, nos mesmos moldes dos ciclistas que participam de fato da prova.
Em 2015, um grupo de ciclistas profissionais, liderado pela tetracampeã do IronMan, Chrissie Wellington, organizou uma petição para pedir à organização do Tour o direito de participar da prova, que foi disputada pela primeira vez em 1903.
A organização, porém, ainda não permitiu às mulheres participar do Tour de France. Mas criou uma compensação, a La Course by Le Tour de France, competição de um dia que acontece junto com a última etapa.
Contra a leucemia
O Tour de France Ten Years On Ride é uma iniciativa do ex-jogador de futebol Geoff Thomas, que celebra 10 anos de sua cura da leucemia e angaria fundos para o tratamento da doença.
Por meio de iniciativas de marketing e de doações via internet, o Tour de France Ten Years On Ride espera arrecadar 1 milhão de euros para o Cure Leukemia, instituição da qual Thomas é patrono.
Além de Aitken, o norte-americano Lance Armstrong – que teve seus sete títulos de campeão do Tour anulados por conta de escândalos de doping – esteve cotado para se juntar ao pelotão de Thomas. Armstrong, que também é sobrevivente do Câncer, não participar, porém.
De acordo com Thomas, de 50 anos, e que jogou profissionalmente até 2002, a vitória de Armstrong sobre a doença foi a inspiração que o fez dar a volta por cima.
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