Após evitar envolver a UCI (União Ciclística Internacional) durante sua confissão quanto ao uso de doping feita em janeiro deste ano, Lance Armstrong, em entrevista ao jornal "Daily Mail", acusou o ex-presidente da entidade, Hein Verbruggen, de acobertar seus casos. Segundo o norte-americano, o dirigente holandês sabia que ele tomava substâncias proibidas.
De acordo com Armstrong, o caso aconteceu em 1999, ano de seu primeiro título no Tour de France. Na ocasião, o ex-ciclista foi flagrado com corticosteróides e foi ajudado pelo então presidente Verbruggen a encobrir o caso com um prescrição médica antiga.
Verbruggen comandou a UCI entre 1991 e 2005 e é membro honorário do Comitê Olímpico Internacional. Em uma entrevista concedida em janeiro deste ano, o holandês admitiu que a UCI avisava os ciclistas caso algum resultado suspeito fosse encontrado, mas negou ter participado em qualquer encobrimento.
Lance também declarou que não protegerá ninguém da UCI mesmo que isso resulte em críticas de antigos membros de equipe. O norte-americano já se mostrou favorável a confessar-se mediante um juri independente formado pelo novo presidente da UCI, Brian Cookson. Apesar disso, ainda acha que está sendo tratado de maneira injusta.
Armstrong foi entrevistado durante um encontro com Emma O'Reilly, ex-massagista da equipe US Postal Service e uma das primeiras delatoras dos casos de doping do ex-ciclista. Os dois não se viam desde 2000.
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