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A Corrida de Vera Cruz, nova prova que promete movimentar o calendário brasileiro de corridas de rua, está prevista para acontecer na manhã do dia 31 de dezembro, com largada no Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, um dos cartões-postais da Cidade Maravilhosa.
Apesar do trajeto cheio de pontos turísticos do Rio de Janeiro estar no auge de seu esplendor bem no meio do verão, a época do ano também exigirá que os competidores tomem certos cuidados para terem o melhor desempenho possível sem comprometer a saúde por conta das altas temperaturas.
“Nessa época é preciso ficar de olho na hipertermia. Ela ocorre quando o organismo não dá conta de resfriar a temperatura corporal e começa a esquentar, como uma febre. O quadro é marcado por mal estar, cãibras, náuseas e fadiga extrema durante o treino”, explica Sérgio Maurício, maratonista, membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício e Embaixador da Corrida de Vera Cruz. Confira abaixo cinco pontos de atenção para mandar bem na mais nova prova do Brasil:
A teoria atual é a de que o cérebro automaticamente diminui o ritmo das pernas para que você fique dentro de uma faixa de calor aceitável e não “superaqueça a máquina”. Especialistas explicam que o corpo se antecipa para controlar o acúmulo gerado por correr no calor excessivo e diminui o rendimento das passadas mesmo antes de chegar a um “superaquecimento”.
Independentemente de como essa redução do rendimento acontece, isso prova uma coisa importante para os corredores: se você souber ouvir o seu corpo, não tem problema algum em correr no calor.
Correr no calor é uma questão de hábito: você deve evoluir aos poucos. Se nos dias de calor elevado você está se sentindo mais pesado e mais lento, diminua o ritmo. Aos poucos, o corpo se acostuma e se adapta às altas temperaturas também.
Embora seja razoavelmente seguro correr no calor, a dica de ouro é observar o seu ritmo enquanto corre. Não dá para manter o mesmo ritmo de corrida em temperaturas muito altas.
Em dias muito quentes, manter-se hidratado é uma necessidade básica e fundamental. É por meio dela que você vai manter o corpo fresco, com água e sais minerais suficientes para você suar bastante. Especialistas sugerem algumas soluções de como continuar a correr no calor mantendo a hidratação em dia. Resfriar o corpo antes de um treino é um método cientificamente comprovado para ajudar a melhorar o desempenho quando a atividade é no calor.
Uma dica de prevenção para quem vai correr no calor é beber um pouco de água gelada e jogar o restante na cabeça. Quando possível, pegue também umas pedras de gelo e passe na cabeça.
“Na presença de sintomas de hipertermia, o ideal é interromper o treino e continuar depois. Em casos extremos, é necessário procurar uma emergência para se reidratar e aplicar compressas de gelo nas axilas e virilhas, locais onde passam grandes vasos sanguíneos, para resfriar o corpo”, orienta o médico.
Outro problema comum de correr no calor é a queda de pressão, pois os vasos sanguíneos se dilatam em temperaturas muito quentes. Desidratação, jejum prolongado e uso de diuréticos são fatores que podem aumentar as chances.
Se for seu único horário, opte pela esteira, no conforto do ar condicionado. “A dica é encarar aquela corridinha no calçadão da praia ou no asfalto quente pela manhã ou ao fim do dia. Crie o hábito de beber água regularmente, para regular melhor sua temperatura”, explica Sérgio Mauricio.
Em dias muito quentes, você pode reduzir um pouco o aquecimento antes do treino. Implemente um aquecimento dinâmico ou séries de alongamento ativo isolado, que demandam menos energia mas ainda assim preparam o músculo para o esforço do treino. Normalmente, o corpo demora algumas semanas para se adaptar ao calor excessivo, mas evidências mostram que já há uma melhora no rendimento e na performance com o passar do tempo.
Na presença de sintomas como fraqueza, suor frio, tontura, taquicardia e sensação de desmaio, interrompa imediatamente suas atividades e deite no chão, de preferência com os pés em cima de um banco, e chame ajuda.
“Beber pequenos volumes de líquido podem ajudar e, se estiver em jejum, dê preferência para sucos de frutas. Levante bem devagar, entre em contato com seu cardiologista após o ocorrido e procure uma emergência na persistência dos sintomas”, finaliza o médico.
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