A caminhada costuma ser uma porta de entrada importante para o mundo da corrida. Uma parcela dos caminhantes migra de forma gradual para a corrida, modalidade que costuma exigir mais do condicionamento físico, dos músculos e das articulações. Mas, afinal de contas, qual é o divisor de águas entre a corrida e caminhada? Há um determinado pace que separa as duas modalidades?
De acordo com os treinadores Darlan Duarte, da Pacefit Assessoria Esportiva, João Magalhães, da Soul Race, e Fabio Freitas, do Team Fabão e da Nike Rio, não há uma regra para diferenciar os paces da corrida e da caminhada.
O que separa uma modalidade da outra é o movimento feito durante cada atividade. A corrida é uma sucessão de saltos, enquanto na caminhada um dos pés sempre está apoiado sobre o solo.
Na caminhada, o tronco está ereto e é o calcanhar que amortece a aterrissagem. Já na corrida, o tronco está projetado para frente, os braços trabalham como alavancas e a aterrissagem é feita com o mediopé ou o antepé.
A confusão se você está em uma corrida ou caminhada se dá pela intensidade da atividade – representada pelo ritmo, muitas vezes -, já que uma caminhada vigorosa pode apresentar o mesmo tempo de uma corrida lenta.
“Não existe um pace que determina se é caminhada ou corrida. Parte do princípio da individualidade. O pace que para um atleta com bom condicionamento físico é uma caminhada pode representar o ritmo de corrida para uma outra pessoa. Não há como falar que a pessoa que corre no pace de 7min30s está caminhando”, afirma Fabio.
“Varia de corredor para corredor. Existe sempre um pace ideal para cada corredor, em que a cadência das passadas esteja confortável para a mecânica ideal de corrida quando aplicada. Quando o contato dos pés com o solo não caracteriza os saltos sucessivos, podemos dizer que a mecânica é de caminhada, não de corrida. Cabe ao corredor conhecer bem o seu corpo e seu ritmo para poder determinar o que separa um do outro”, reforça João Magalhães.
No imaginário popular, a corrida está ligada a um desempenho mais rápido, mas nem sempre é assim. Uma caminhada em ritmo forte pode ser feita em velocidade semelhante a um trote, atividade na qual a pessoa está em uma situação de mais conforto.
E a caminhada, por mais vigorosa que seja, castiga menos as articulações, uma vez que em nenhum momento o corpo fica no ar. “Alguns ultramaratonistas, por exemplo, são lentos, mas correm o tempo todo”, lembra Darlan.
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