Responsável pela sensibilidade, articulação e movimentação dos membros inferiores, o nervo ciático – o maior do corpo humano – tem papel fundamental na pratica esportiva. A lombociatalgia – mais conhecida como dor no ciático – caracteriza-se quando há uma compressão nervosa na região lombar. Entenda melhor esse problema:
A dor ciática
A pessoa sente primeiramente a região lombar, mas a dor passa para os membros inferiores, principalmente nas regiões glútea e posterior de coxa, podendo chegar até os pés. Por apresentar sintomas muito parecidos com outras patologias, como hérnia de disco, síndrome do piriforme e artrose, tem seu diagnóstico dificultado.
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A intensidade da dor varia: desde um pequeno desconforto, até um incômodo intenso – que piora a cada vez que a coluna é movimentada. É comum sentir um formigamento, tanto da região lombar, quanto nas pernas.
Em casos mais avançados, a dor é manifestada mesmo em repouso. A pessoa começa a ter uma limitação da movimentação e perde a força muscular.
Por que aparece?
Geralmente, ocorre por uma compressão nervosa na região lombar – mais especificamente nas vértebras L3, L4, L5 e S1. Essa pressão pode ocorrer a partir de uma hérnia de disco, mas há outros fatores que resultam na lombociatalgia: tumores, processos inflamatórios, osteófitos (mais conhecido como bico-de-papagaio), obesidade, hábito de fumar, fatores genéticos, entre outros.
No caso dos corredores, a prática esportiva de grande impacto é o principal fator de risco para o surgimento da dor ciática. Excesso de treinos, atividade mal orientada (musculação com muito peso ou amplitude de movimentos desnecessária, por exemplo) e postura irregular também podem resultar no problema. Por último, traumas também podem causar a dor.
Diagnóstico
Para identificar a lombociatalgia, é necessária uma avaliação clínica e exames complementares, como radiografia e ressonância magnética.
Tratamento
Os atletas precisam dar uma pausa nos treinos para cuidar da dor no ciático. Na maior parte dos casos, os médicos receitam tratamento fisioterápico – onde a pessoa terá o incomodo e o processo inflamatório controlados por meio da eletrotermofototerapia (pequenas ondas de luz e choque no local da dor), kinesio taping e terapia manual.
Além disso, o fisioterapeuta ajudará a identificar e corrigir possíveis causas relacionadas a erros nos treinamentos. Acertará alterações biomecânicas relacionadas à fraqueza ou desequilíbrio muscular dos membros inferiores e do tronco, caso existam.
O próximo passo – ainda com o fisioterapeuta – é treinar e conscientizar o atleta da importância de trabalhar a musculatura profunda do abdômen e da coluna – conhecida como core –, responsáveis por estabilizar a coluna vertebral.
Em casos extremos, é necessária uma intervenção cirúrgica para acabar com a dor.
Prevenção
Primeiramente, a consulta com um fisioterapeuta, médico do esporte ou ortopedista é fundamental para identificar esses e outros problemas antes de começar a praticar um esporte. Para os iniciados, o aquecimento antes dos treinos e provas é indispensável. O fortalecimento da região do core também é fundamental e exercícios funcionais podem auxiliar ainda mais na proteção contra a lombociatalgia.
Fonte: Leonardo Pires e Bárbara Alves, fisioterapeutas do Instituto do Atleta (INA), em São Paulo
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