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Por: Daniel Balsa
Nas histórias ou desenhos infantis que retratam algum tipo de corrida ou disputa, aquele competidor que tenta vencer usando um atalho acaba sendo derrotado. A intenção dos autores com isso, claro, é transmitir uma série de valores morais sobre o que é certo ou errado. Apesar de não ser nenhum Dick Vigarista (famoso personagem do desenho Corrida Maluca), acredite, algumas artimanhas podem fazer parte da sua corrida mesmo sem você perceber. Não estamos falando de pequenas trapaças, como cortar caminho durante uma competição. Os atalhos na corrida de que vamos tratar aqui são, digamos, mais “inocentes”. São aqueles caminhos que tomamos na busca por melhores resultados, mas que podem acabar produzindo um efeito contrário.
Listamos a seguir cinco atalhos na corrida muito comuns, que podem estar te enganando na busca por evolução na corrida. Não se engane: eles podem atrapalhar seus resultados.
Atalho 1: Correr mais para correr melhor
Melhor caminho: Respeitar a planilha
Correr alguns quilômetros a mais no final do treino pode ser um daqueles atalhos que te levam a um beco sem saída. “Mas hoje eu estava me sentindo bem…”, “Ah, eu estou precisando treinar mais”, “Assim eu corro melhor”… Suas desculpas até podem te convencer, mas o excesso de volume na corrida acaba gerando um efeito contrário ao esperado. Isso porque uma planilha bem estruturada obedece a uma série de variáveis, importantes para a sua evolução. Quando você ultrapassa em demasia os limites impostos por seu treinador, sua recuperação piora, o corpo fica mais cansado e o risco de lesões acaba sendo maior Por isso, nada de exagerar!
Atalho 2: Usar anti-inflamatórios
Melhor caminho: Tratar a lesão
Ao aliviar a dor de uma lesão, os remédios anti-inflamatórios podem passar uma falsa ilusão de acelerar a recuperação. Ao ingeri-los sem orientação, você mascara os incômodos e passa a correr com algum problema mais grave sem perceber. Com isso, o que era fácil de resolver pode se transformar em duros meses de molho. Ao sentir alguma dor, procure um médico e trate sua lesão corretamente.
Atalho 3: Gelo
Melhor caminho: Trabalho preventivo
Diversos estudos já comprovaram que a recuperação de treinos e provas mais duras usando gelo é benéfica. Mas não se iluda: o ideal é encarar esse método como um aditivo e não como a solução para todos os seus problemas. Antes de pensar em mergulhar em uma banheira de gelo, preocupe-se com a prevenção de dores. Realizar trabalho de musculação específico, pilates ou treinos funcionais, por exemplo, que fortalecem e tornam seus músculos mais resistentes, pode ser mais benéfico para a recuperação do que simplesmente exagerar no frio pós-corrida. “O gelo ajuda a interromper o processo inflamatório decorrente do exercício; isso quer dizer que a inflamação gerada pode ser amenizada”, explica Nelson Guaranha, diretor técnico da Guaranha Assessoria Esportiva. “Mas esse método não deve ser considerado o principal para a prevenção de lesões. Ele pode até ser um instrumento a mais para a recuperação, mas não vai evitar que você não se machuque.”
Atalho 4: Bebidas energéticas
Melhor caminho: Sono
Quando o cansaço bate, a preguiça fala mais alto e a vontade de pular alguns treinos seguidos aparece, muitos corredores buscam no café, nas latinhas de energético e em cápsulas estimulantes a solução para aumentar o ânimo e partir para a corrida. A cafeína até pode ser uma boa companheira dos seus treinos, pois é capaz de melhorar a performance, sobretudo em distâncias menores. Mas o problema é que seu efeito é menor quando você está em déficit de energia. “Essa onda de energéticos traz um benefício imediato, mas não se sustenta por muito tempo. Quando a situação é de cansaço extremo, esqueça os energéticos. Se for o caso, deixe de treinar um dia para dormir um pouco mais”, ensina o médico Paulo Brasil, pós- -graduado em medicina esportiva.
Atalho 5: Suplementos
Melhor caminho: Equilíbrio
A quantidade de suplementos no mercado cresce de forma exponencial. Há opções para todos os tipos de esporte e treinamento, objetivos e situações. O problema é que muitos encaram esses produtos como verdadeiro compostos milagrosos e se esquecem de que, como o próprio nome diz, eles servem para suprir algo que está em falta. Ou seja, de nada adianta encher as prateleiras de sua casa de potes e mais potes se, antes, você não melhorar a sua dieta. Busque nos suplementos um complemento de nutriente, vitamina ou substância específica que você não consegue ingerir em grande quantidade. “Quem faz uso de suplementos sem orientação e de forma exagerada pode começar a engordar, ter distúrbios intestinais e até sofrer com a falta de alguma vitamina essencial para o corpo, caso não dê atenção à dieta”, afirma Guaranha.
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