Você conhece os problemas de correr em jejum?

Atualizado em 22 de junho de 2017
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Você conhece os problemas de correr em jejum? Muitos atletas iniciante ao saírem para correr esquecem de se alimentar, ou não comem de propósito, sem saber  o quão mal isso pode ser para sua saúde e o rendimento nos treinos.

“Durante o jejum, a gordura será disponibilizada por um tempo para fornecer energia, mas depois e dependendo da intensidade do exercício, o organismo começa a utilizar massa muscular para fornecer energia para a atividade. Nosso corpo começa a perder massa magra e o exercício deixa de ser saudável”, diz Daniel Teodoro, diretor técnico da assessoria esportiva Teo Esportes.

Além de perder massa magra,  a pessoa que escolhe correr em jejum pode sentir falta de disposição, desânimo, apresentar visão turva e fraqueza.  

 

 

A maioria dos corredores que opta por correr sem comer o faz pensando em emagrecer, porém essa estratégia não é recomendada por muitos treinadores e cientistas porque não é ancorada em estudos.

“Não temos evidências científicas de que treinar em jejum é mais eficiente tanto para a mobilização de gordura quanto para o processo crônico de emagrecimento e ainda menos para condicionar uma pessoa de forma saudável”, alerta o treinador Antonio Caputo, da assessoria esportiva Speed.

Segundo o técnico, o corpo exerce naturalmente mecanismos para manter a taxa de glicose estável durante o repouso, quando vamos praticar uma atividade física ainda nesse estado (jejum) ele já usou as reservas energéticas durante o sono e, assim, não as terá quando for exigido durante o treino. Por isso, procurará outras fontes para disponibilizar energia ao corpo.

A nutricionista Julia Vasconcellos, mestre em ciência do alimento pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, indica que o corredor deve se alimentar cerca de 40 minutos antes do treino.

“A refeição deve conter proteínas e carboidratos. Por exemplo, pão com queijo magro e geleia ou mel, ou pão com ovo mexido ou cozido, além de uma fruta ou suco.”, explica a nutricionista. “Apesar disso, devemos respeitar a individualidade, pois pessoas possuem tempo de digestão (esvaziamento gástrico) diferentes”, completa.