Saúde

Atletas podem ter problemas no coração?

Fadiga após exercícios aeróbicos, batimentos cardíacos disparados sem motivo aparente e falta de ar podem ser sintomas de que o coração não está bem. E isso pode ocorrer mesmo com quem não é sedentário. Para o Dr. Pablius Braga, médico do esporte do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho, exercícios de alto impacto, temperaturas elevadas e falta de cuidado com a própria saúde podem potencializar problemas no coração.

Segundo o especialista, toda a atividade física precisa ser liberada e acompanhada regularmente por médicos e educadores físicos. Dados apontados pelo médico mostram que um brasileiro tem morte súbita a cada dois minutos. E as vítimas vão de atletas de final de semana a esportistas profissionais. Ou seja, qualquer um pode ter problemas no coração.

Durante exercícios de alta intensidade, como corrida, natação ou futebol, a pressão arterial aumenta, assim como os batimentos cardíacos. O objetivo é alimentar o corpo com uma circulação sanguínea compatível com o esforço. Nessas condições, uma doença cardiovascular não diagnosticada pode ser fatal.

“O exercício físico de alto rendimento eleva a necessidade de desempenho do corpo ao extremo deixando-o mais exposto”, explica o Dr. Braga. Por isso,  antes de começar a praticar um esporte muito intenso, é importante saber como anda seu coração.

 

 

A conscientização é um passo importante. Principalmente quando fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo ou histórico familiar estiverem envolvidos. “Toda sensação desagradável e persistente ou mais forte e fora do comum deve ser levada a sério. O tempo é o maior inimigo nestes casos. Por isso, quanto mais rápido o atleta procurar atendimento, melhor será para descobrir a causa dos sintomas”, alertou o médico.

Com um bom acompanhamento e na medida correta, a prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada são importantes para uma vida plena e saudável. “Qualquer esporte ajuda a evitar doenças cardiovasculares, além de permitir uma maior qualidade de vida. O importante sempre é a dose”, finaliza.

 

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