Conheça quatro lesões bizarras que um corredor pode ter

Atualizado em 27 de agosto de 2021
Mais em Iniciantes

Condromalácia, fratura por estresse, canelite, fascite plantar… Só de escutar esses nomes alguns corredores já torcem o nariz. Frequentes entre quem costuma correr, essas lesões minam o desempenho dos atletas e os afastam da corrida. Menos conhecidos entre os corredores, outros problemas também podem gerar incômodo e, em alguns casos, trazer complicações. O Ativo conversou com especialistas para descobrir as quatro lesões bizarras que um corredor pode ter.

Lesões bizarras em corredores

Sangramento nos mamilos

Embora não seja uma lesão, é um dos problemas mais constrangedores (e recorrentes) entre os corredores de longas distâncias do sexo masculino.

Nas maratonas mundo afora, não é raro ver atletas com duas marcas de sangue em suas camisetas. Os sangramentos são frutos do atrito constante entre a camiseta e a região do peito. O problema é conhecido entre os especialistas como dermatite de contato por irritante primário.

Aplicar vaselina ou cremes antiatrito nos mamilos é o segredo para não passar por esse constrangimento em uma prova ou um treino.

Veja aqui como evitar assaduras na corrida.

Síndrome do bumbum morto

O nome da lesão chama atenção e arranca algumas risadas, mas essa síndrome pode incomodar quem não faz o fortalecimento adequado do glúteo médio. O despreparo na musculatura da região do bumbum pode afetar pessoas que costumam ficar sentadas na maior parte do dia.

Essa insuficiência muscular no glúteo médio, que dá sustentação ao quadril e à pelve, causa prejuízos à performance do corredor. Para não passar por isso, opte por exercícios que utilizem diversos grupos musculares.

Os efeitos de cada “exercício” no seu corpo

 

 

Fasceíte necrosante

Apesar do nome parecido, é uma complicação diferente da fascite plantar. A fasceíte necrosante progride conforme as bactérias penetram nas camadas mais fundas da pele e nos tecidos subcutâneos. Nos casos mais graves, as bactérias necrosam a região afetada e matam os tecidos atingidos, podendo até causar a morte.

A ortopedista Ana Paula Simões atendeu neste mês em seu consultório um corredor com fasceíte necrosante em estágio inicial. Semelhante a uma grande bolha na planta do pé, o problema havia sido originado pela combinação de sobrecarga nos treinos e aplicação de gelo após os exercícios.

Incontinência urinária na corrida

Já imaginou chegar em uma prova para a qual você se preparou durante muito tempo e ser atrapalhado por uma incontinência urinária? Pois é, isso acontece com alguns corredores, principalmente do sexo feminino. Em casos mais extremos, algumas pessoas sequer conseguem segurar o número 2.

A incontinência urinária na corrida pode ser consequência de sobrecarga ou enfraquecimento do assoalho pélvico. Situado abaixo da região do abdome, o assoalho pélvico é um conjunto de músculos responsável pela sustentação de órgãos como bexiga, útero e intestino.

É, também, parte importante na absorção do impacto durante a atividade física e pela continência urinária e fecal. Gravidez, menopausa, obesidade e esportes de forte impacto podem causar um enfraquecimento na região, gerando problemas como a incontinência urinária.