Desde sua criação, a Maratona de Nova York reúne uma porção de boas histórias, indo desde a quebra de recordes até relatos de superações. Uma dessas histórias é do cientista Robby Ketchel, que neste ano emocionou muitas pessoas ao passar pela linha de chegada com o filho que tem síndrome de Down no colo.
Robby compartilhou sua experiência com o site Runner’s World dos Estados Unidos. Confira o depoimento:
“Fiz muitas corridas de trilha e ultramaratonas, como a Ultra de Leadville, de 160 km, mas Nova York foi minha primeira maratona de asfalto.
Em 12 de março deste ano, minha esposa deu à luz nosso filho Wyatt (@tour_de_wyatt). Ele nasceu com síndrome de Down. Eu queria de alguma maneira homenageá-lo e também homenagear todos que são afetados pela síndrome. Então decidi correr Nova York em sua honra e por meio dessa iniciativa arrecadar fundos para outras pessoas nas mesmas circunstâncias.
Depois que Wyatt nasceu prematuro, passamos 67 dias com ele na UTI. Ele deixou o hospital com um tubo de alimentação e nós lutamos para evitar que ele voltasse. Há muita coisa envolvida em mantê-lo saudável – intervenção precoce, fisioterapia, terapia ocupacional –, tem sido uma jornada difícil.
Conversei com a LuMind Research, uma instituição de caridade para pessoas que correm para arrecadar dinheiro para pesquisas sobre a síndrome de Down, e tive a ideia de completar a prova em 3 horas e 21 minutos, para representar os três cromossomos 21. Minha meta de captação era de 3.210 dólares, acabamos levantando mais de 11 mil.
No ano passado corria uma média de 80 a 100 km por semana para treinar para as provas de trilha, mas, neste ano, eu estava lutando para encontrar tempo para fazer 60 km semanais de forma consistente.
Quando estávamos no hospital, não havia tempo para os treinos. E para ser honesto fiz a maratona machucado, com fascite plantar nos dois pés.
A principal mensagem que tentei passar para as pessoas é que não se trata de estabelecer limites para você mesmo, é sobre passar por eles. Superar as limitações é uma grande coisa para quem tem síndrome de Down.
Lutamos com isso todos os dias, pois as pessoas tentam limitar Wyatt ou apenas vê-lo como um diagnóstico. Para mim, tentar correr em 3:21 foi um grande negócio e, embora eu tenha treinado, não consegui.
No quilômetro 32 me ajoelhei, minhas pernas pareciam que iam quebrar, quando eu estava caminhando, mandei uma mensagem para minha esposa para contar o que aconteceu e que eu estava indo ao encontro do Wyatt.
Ela entregou-o para mim exatamente no km 42 e eu o carreguei até a linha de chegada, foi quase melhor do que atingir a meta de 3:21.
Normalmente quando você corre uma maratona, você coloca seu nome no número de peito, para que todos possam torcer por você, mas coloquei o nome de Wyatt e as pessoas gritavam por Wyatt o tempo todo.
Quando eu estava andando com ele em direção à linha de chegada, todos ainda estavam torcendo por seu nome. Eu disse a todos: ‘Este é Wyatt’, e isso tornou tudo muito especial.”
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