O técnico norte-americano de atletismo Alberto Salazar foi suspenso por quatro anos, devido ao envolvimento com doping. O ex-treinador de Mo Farah foi acusado por tráfico de testosterona, adulteração do processo de controle de doping e aplicações ilegais de L-carnitina, uma substância natural que converte gordura em energia para atletas, enquanto trabalhou no Projeto Nike Oregon (NOP). A investigação foi conduzida pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) e se tornou pública em 2015.
A Usada informou que recebeu informações de 30 testemunhas, entre elas, a maratonista Kara Goucher e Steve Magness, ex-técnico do projeto de Salazar. Por conta da punição, o treinador foi excluído do Mundial de Atletismo, que está sendo disputado em Doha, no Catar. Além da penalidade para o técnico, agora com 61 anos, o endócrino Jeffrey Brown, que atuava como consultor externo do NOP, também foi condenado e ficará fora do atletismo pelo mesmo período.
Salazar dirige o Projeto Nike Oregon, ao qual o tricampeão olímpico Mo Farah pertenceu de 2011 a 2017, que no momento conta com sete atletas competindo em Doha. Uma delas é a holandesa Sifan Hassan, que venceu a prova dos 10.000 metros no sábado à noite e disputará também os 1.500m. Os norte-americanos Donavan Brazier e Clayton Murphy disputarão a prova dos 800 metros. Os demais atletas são o etíope Yomif Kejelcha, a alemã Konstanze Klosterhalfen e os americanos Jessica Hull e Craig Engels.
Salazar disse que está chocado pela decisão da Usada e prometeu recorrer. Por meio de uma declaração, o treinador desabafou. “Ao longo desta investigação, que durou seis anos, meus atletas e eu sofremos um tratamento injusto, antiético e altamente prejudicial por parte da Usada”, disse. Ele ainda completou: “sempre assegurei que o Código Antidopagem fosse seguido rigorosamente. O Projeto Oregon nunca permitiu ou permitirá doping”.
Já o presidente da USADA Travis Tygart se demonstrou satisfeito com o desfecho. “Os atletas nesse caso encontraram coragem para falar e revelaram a verdade. Enquanto faziam parte do Projeto Nike Oregon, Salazar e Brown demonstraram que vencer era mais importante do que a saúde e o bem-estar dos atletas que eles juraram proteger.”
Mo Farah, que deixou de treinar com o técnico em 2017 alegando que gostaria de voltar ao seu país, disse estar aliviado pela resolução do caso. “Estou aliviado pela conclusão da USADA, após quatros anos, sobre a investigação de Alberto Salazar. Deixei o Nike Oregon Project em 2017, mas, como sempre disse, não tolero ninguém que desobedeça as regras ou ultrapasse os limites. Foi tomada uma decisão e fico feliz por terem chegado a uma conclusão”, avaliou.
Sifan Hassan, que até então era treinada por Salazar, também se isentou de responsabilidades. “Esta investigação está focada no período anterior à minha entrada no Projeto Oregon e, portanto, não tem relação comigo”, avaliou. Ainda completou dizendo que estava ciente das investigações e está de consciência limpa.
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