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Na década de 1970, pouco antes de completar 20 anos, a americana Pamela Chapman, diagnosticada com câncer, escutou dos médicos que teria poucos meses de vida. Ela contrariou o prognóstico, venceu o tumor, tornou-se enfermeira anestesista e mergulhou de cabeça no esporte. Não à toa, décadas depois, passou a ser chamada de “UltraPam”, uma referência à sua ligação com as ultramaratonas.
Em julho deste ano, Chapman protagonizou um feito impressionante na Badwater 135, considerada uma das ultramaratonas mais desgastantes do planeta. Realizada na Califórnia, a prova tem início no Vale da Morte, o ponto mais baixo da América do Norte, 85 metros abaixo do nível do mar, e termina a 2.530 metros de altitude, no Monte Whitney.
No percurso entre o Vale da Morte e o Monte Whitney, a anestesista de 61 anos rodou 217 km sob uma temperatura que ultrapassou os 50º C e estabeleceu o recorde de sua faixa etária: 35h48min. Foi a terceira competidora mais rápida entre todas as mulheres – Sandra Villines, a primeira colocada, concluiu o trajeto em 34h34min.
Participar da Badwater 135 é um desafio para poucos. A organização aprova 100 inscrições por ano, porém, em 2017, só 96 candidatos toparam encarar a saga entre o Vale da Morte e o Monte Whitney.
Apesar de correr desde jovem, Chapman se inscreveu em sua primeira ultramaratona aos 55 anos. A “estreia” aconteceu no Texas, em uma prova de 160 km, e foi marcada por uma série de dificuldades. Ela superou desidratação, hipotermia e uma fratura na tíbia antes de cruzar a linha de chegada em 28h45min.
“Meu grande objetivo é mostrar para as mulheres da minha idade que somos extremamente fortes e que, se tivermos fé e acreditarmos, podemos fazer qualquer coisa”, diz Chapman.
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