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Sinead Diver mostrou ao mundo mais uma vez que idade é apenas um número. No último domingo, a atleta de 42 anos de idade chegou em quinto lugar na consagrada Maratona de Nova York. Nascida na Irlanda, mas representante da Austrália, ela foi a primeira atleta não africana na classificação geral.
Diver cruzou a linha de chegada na Big Apple em em 2h26min23s. O título foi da queniana Joyciline Jepkosgei, com a marca de 2h22min38s, seguida por sua compatriota Mari Keitany (2h23min32s), pela etíope Ruti Aga (2h25min251s) e a também queniana Nancy Kiprop (2h26min21s).
“Se você se sente bem o suficiente, deve tentar. Ninguém pode dizer do que seu corpo é capaz. Nada sugere que quando você passa dos 40 você deve desmoronar. Isso não aconteceu comigo e eu me sinto mais em forma do que há dez anos atrás. Se eu consigo, não vejo por que outras pessoas não conseguiriam”, disse à Iaaf antes da prova em Nova York.
O que mais chama atenção no feito da corredora é sua história nada convencional na modalidade. Ao contrário da grande maioria de suas adversárias, Sinead Diver iniciou sua carreira com apenas 33 anos quando sua irmã, que montava uma equipe de corrida para um evento local, a convidou para completar o número mínimo de competidores.
O convite foi aceito e a então amadora mostrou muita qualidade já na primeira prova. Um dos participantes sugeriu que ela integrasse uma equipe de corredores e em poucos anos Diver já estava participando de competições de nível nacional na Austrália.
“Quando eu era criança, joguei futebol e basquete e fiz um pouco de natação. Mas no ensino fundamental fiquei no basquete. Não tínhamos aula de educação física e as meninas não podiam praticar esporte na minha escola”, explicou a atleta sobre seu início tardio.
Menos de dez anos depois de sua primeira corrida, ela tem no currículo o sétimo lugar na Maratona de Londres, o quinto em Nova York e a classificação garantida para disputar a maratona nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
A decisão de qual país representar foi um dos dilemas de sua carreira. Sinead Diver viveu na Irlanda até os 25 anos de idade, quando mudou-se para a Austrália pretendendo ficar apenas um ano – já são 17 anos no país da Oceania.
Mesmo correndo em nível profissional, a atleta, mãe de Eddie, de 9 anos, e Dara, de 6, trabalha em período integral como desenvolvedora de software na Austrália.
Sua classificação para as Olimpíadas de 2020 já havia sido garantida na Maratona de Londres, realizada no final do mês de abril. Na ocasião, a australiana chegou em sétimo com tempo de 2h24min11s. Assim, Diver chegou a Nova York pensando apenas em brigar pelas primeiras colocações.
A maratona deste domingo deve ter sido a última prova de longa distância de Diver antes de Tóquio. A expectativa é grande para o evento, já que a atleta foi impedida de participar das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 devido a uma lesão no joelho.
“Perder o Rio foi difícil de digerir, então competir em Tóquio será um sonho se tornando realidade. As Olimpíadas são o auge do esporte, será incrível fazer parte disso”, afirmou.
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