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Você pode até pensar que a corrida pode facilitar o aparecimento de varizes por conta do trabalho constante das pernas durante as passadas e do impacto sofrido por elas. Mas, na verdade, o que realmente acontece é o inverso. Quando o assunto é a prevenção do problema, a corrida pode ser uma boa aliada.
As veias dilatadas e tortuosas com perda de função são sinais da doença hereditária (mais frequente em mulheres), que às vezes pode ser assintomática, mas geralmente apresenta dor, queimação, manchas castanhas no tornozelo ou feridas, nos casos mais graves. Outra possibilidade para o aparecimento do problema são os fatores de risco das varizes, tais como: obesidade, gestação e uso de anticoncepcional por muito tempo. Mas existem exercícios físicos que podem diminuir a chance de seu aparecimento ou melhorar os sintomas, quando a doença já está instalada. Dentre eles, a corrida, atividade que contrai os músculos dos membros inferiores de maneira rítmica, melhorando o retorno venoso. O exercício regular contribui, também, para a melhora da função cardíaca, com aumento da capacidade do coração de impulsionar o sangue para as artérias periféricas, facilitando o retorno do sangue.
Para que você entenda, a estrutura que evita o refluxo venoso e conduz o sangue em direção ao coração é a válvula venosa. Se ela não estiver impedindo totalmente o refluxo venoso, haverá uma inversão do fluxo, o que leva ao aparecimento das varizes e dos sintomas decorrentes da insuficiência venosa. Durante a corrida, todos os mecanismos para a melhora do retorno venoso estão envolvidos e funcionando de maneira rítmica e eficaz, evitando a estagnação do sangue. Por isso a importância da atividade para o bom fluxo sanguíneo.
Em casos onde as varizes já se instalaram, o ideal é correr usando meias elásticas. No entanto, atletas com insuficiência venosa grave devem ser orientados pelo médico para o prosseguimento nos treinos de corrida. Nesses casos, a hidroginástica e a natação também são boas pedidas, pois a água realiza um empuxo sobre as veias dos membros inferiores, melhorando o retorno venoso.
(Fonte: Caio Focássio, cirurgião vascular de São Paulo)
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