Asbel Kiprop, tricampeão mundial 1500m, teria sido pego no doping por uso de EPO. O queniano acredita que há algo de errado com a sua amostra e declarou: “Eu espero conseguir provar que estou limpo de todas as maneiras possíveis”. Kiprop é um dos maiores nomes do esporte em seu país e acumula, além dos três títulos mundiais em 2011, 2013 e 2015, uma medalha de ouro nas Olimpíadas de 2008.

Entretanto, o caso não é totalmente confirmado. A União da Integridade dos Atletas, entidade que processa todos os casos de doping no atletismo, ainda não se pronunciou oficialmente. O agente de Kiprop, Frederico Rosa, também não deu o veredicto: “Escutei os rumores, mas preciso esperar até saber a história verdadeira”, disse ao The Guardian.

Os boatos começaram na última semana, quando a informação de que um atleta queniano de alto nível havia testado positivo para uma substância banida. O histórico do país não é favorável: nos últimos cinco anos, já aconteceram mais de quarenta casos confirmados de esportistas usando substâncias proibidas, mas Asbel Kiprop afirma que mantém a sua ética: “Como atleta, eu estive na linha de frente da luta contra o doping no Quênia, uma causa pela qual eu batalho e acredito”.

A eritropoietina (EPO) é uma substância banida por estimular a produção de glóbulos vermelhos, as células que levam o oxigênio dos pulmões para o resto do corpo. Muito conhecida pelo uso no ciclismo, a droga consegue oxigenar a musculatura do atleta de maneira mais eficiente, melhorando a sua performance.