A discussão do uso do espaço da Cidade Universitária por esportistas, atletas e assessorias esportivas é longa e já dura uns 12 anos. Mas agora parece que é pra valer. A partir de 2016, a direção da USP vai restringir a quantidade e exigir contrapartidas de assessorias esportivas que levam alunos para praticar esportes no campus, na Zona Oeste da capital paulista.
Em 2003, a regulamentação de assessorias esportivas na USP chegou a existir, mas foi anulada pela gestão posterior da Prefeitura do Campus. Mas, desde a entrada do Reitor, Dr. Marco Antonio Zago, as conversas recomeçaram e dessa vez com o envolvimento da ATC- Associação dos Treinadores de Corrida, do Reitor e da Prefeitura do Campus.
Na sexta-feira (3), o noticiário SPTV (da TV Globo) divulgou a nova regra para as assessorias esportivas de São Paulo. Segundo o telejornal, a partir do ano que vem, apenas as 50 assessorias esportivas selecionadas por meio de um edital poderão continuar a frequentar o espaço do campus, na Cidade Universitária e terão que pagar um valor, ainda não especificado, para utilizar a USP.
Segundo Nelson Evêncio, presidente da Associação dos Treinadores de Corrida (ATC), a Associação apoia a decisão da USP para a organização do uso do espaço. “Já foram feitos três treinos-teste. Também estamos participando de várias reuniões na USP, uma delas inclusive com o Reitor e o Prefeito e somos parte do grupo de trabalho que está discutindo o uso do espaço, ajudamos a cadastrar as assessorias esportivas e a remanejar algumas que estavam em bolsões de estacionamento”, afirmou ele.
As assessorias esportivas que forem selecionadas também terão que destinar adequadamente o lixo deixado pelos alunos e só poderão permanecer em pontos de apoio estabelecidos previamente pela USP, o que ainda vai ser divulgado.
A ideia é organizar, dar conforto e segurança aos frequentadores da USP. Para quem vai treinar sem vínculo com assessorias, o acesso continua livre. Em contrapartida, a ATC se propôs a absorver os estagiários de Educação Física e também a auxiliar os pesquisadores da USP com amostras dos atletas para estudos científicos da área da saúde, principalmente. Para Nelson, o mais importante foi o apoio do Reitor, que se mostrou totalmente favorável ao uso do Campus para a prática esportiva.
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